11 fev, 2025 - 13:13 • Henrique Cunha
"Nós queremos a vida e condenamos a eutanásia", declarou o bispo de Viseu, D. António Luciano, na homilia da missa do Dia Mundial do Doente, celebrada esta terça-feira em Fátima.
D. António Luciano insistiu na defesa da "humanização dos cuidados de saúde" e sublinhou que "um doente não é um objeto, é sempre um filho e uma filha muito querido e amado por Deus".
O bispo exortou os cuidadores a "promover esta qualidade da vida com profissionalismo e com um coração que se entrega ao outro", porque isso "desafia-nos a sair do nosso individualismo e a lutar contra a cultura do descarte e da indiferença".
"Neste contexto, a Pastoral da Saúde deve promover o cuidado espiritual dos doentes, privilegiar o encontro, a escuta e o acompanhamento, a presença, o humanismo, a evangelização, a oração e, como vai acontecer daqui a pouco, a unção dos enfermos", referiu.
O bispo de Viseu defende que "cada profissional deve proporcionar os melhores cuidados e oferecer as melhores práticas para lhes aliviar o sofrimento e permitir a cura".
Na missa a que presidiu na Basílica da Santíssima Trindade, D. António Luciano reforçou o apelo "à humanização dos cuidados de saúde", sobretudo no mundo em que vivemos "cheio de violências e de guerras, de sofrimento e de morte".
"É preciso pedir, por interceção de Maria, a humanização dos cuidados de saúde e fazer com que o voluntariado que serve às instituições católicas e outras promover uma cultura de presença, de gratuidade, opondo-se à cultura da desumanização, do lucro, do descartável ou até da programação da própria morte", insistiu. "Por isso, nós queremos a vida e condenamos a eutanásia", conclui.