20 abr, 2025 - 08:50 • Eva Massy, correspondente da Renascença em Paris
Nunca houve tantos batizados em França nas últimas duas décadas. Este ano, mais de dez mil franceses escolheram batizar-se na noite de Páscoa. Um aumento de 45% em relação ao ano passado.
É possível identificar uma tendência: os jovens com idades entre os 18 e 25 anos são a categoria mais representada entre os novos batizados.
Jovens adolescentes, por vezes muito distantes de uma qualquer crença, mas que acabam por se voltar para a religião católica. Este fim de semana de Páscoa, vão se comprometer com a Igreja Católica cerca de 4.500 desses jovens.
Um fenómeno que Catherine Chevallier, responsável pelo acompanhamento da vida cristã na Conferência dos Bispos de França, explica como mais um dos efeitos da Covid-19.
"O contexto atual é um pouco ansioso", disse, à Renascença, e "a experiência do confinamento impactou muito esta geração, que agora procura razões para ter fé e esperança na vida".
O desejo de pertencer a uma comunidade e a necessidade de ter referências comuns também explicam o fenómeno.
Para além dos estudantes, as classes sociais populares continuam a ser maioritárias, e o estudo mostra que metade dos candidatos ao batizado vêm de famílias de tradição cristã, mas observa-se, há alguns anos, maior adesão dos que se declaram sem tradição religiosa.
Nas redes sociais, os jovens abordam a sua fé sem tabus, tornam-se atores da sua fé e decidem, por si próprios, ir à missa.