A+ / A-

Legislativas 2025. Comissão Justiça e Paz diz que "cada um faz a diferença"

02 mai, 2025 - 10:50 • Henrique Cunha

Nota da Comissão Nacional Justiça e Paz é publicada na "proximidade de um inesperado, mas não menos decisivo, ato eleitoral". Organismo da Igreja Católica pede "propostas que coloquem como desígnio prioritário o combate à pobreza" e diz aos eleitores que "não deixem para outros escolhas decisivas".

A+ / A-

A Comissão Nacional Justiça e Paz (CNJP) diz que “os atos eleitorais são momentos importantes de exercício da responsabilidade cidadã e da construção coletiva”.

Numa nota enviada à Renascença, este organismo da Igreja Católica sublinha que “cada um faz a diferença e é, assim, agente da esperança”.

No seu texto, a CNJP lembra a última mensagem de Francisco, em que o Papa nos interpela “a não imobilizar o nosso coração nas ilusões deste mundo, nem fechá-lo na tristeza".

A CNJP apela a que “este seja um momento de renovado compromisso coletivo na efetiva construção e promoção do bem comum. De todos, cidadãs e cidadãos, eleitores e eleitos”.

O texto refere que “vivemos um tempo incerto, de persistente injustiça e desigualdade, de subversão progressiva dos valores e da ética, de ameaça crescente à paz, pela pobreza que permanece”, mas sublinha, por outro lado, que “o tempo em que vivemos é também um tempo de oportunidades, pleno de conhecimentos e recursos, de ferramentas efetivas, para combater a incerteza, a indiferença e a injustiça, para promover a inclusão, o desenvolvimento, para construir a paz. Com verdade, compromisso, vontade”.

Depois, a CNJP dirige-se em particular aos partidos a quem pede que as propostas “ultrapassem o imediato, os conflitos conjunturais e assumam verdadeiros, honestos e viáveis compromissos, que superem o curto prazo e tenham a ambição de um futuro de desenvolvimento sustentável”.

“Propostas que coloquem como desígnio prioritário o combate à pobreza, a promoção da efetiva inclusão de todos, a concretização convergente de políticas indutoras do desenvolvimento sob a égide de um julgamento ético que avalie o que é bom, que questione o que faz falta”, sublinha.

“Propostas sob escrutínio, que é pedido a cada uma e a cada um, responsável por uma ativa participação cidadã, sem a qual não há projeto de sociedade que sobreviva e se consolide. Só com a efetiva participação de cada uma e cada um, é possível construir uma consciência coletiva que condicione as políticas públicas, que controle o poder político, que seja um instrumento de esperança no desenho do projeto de futuro. Só com a efetiva participação de cada uma e cada um se podem recuperar os valores que fazem parte da herança coletiva, fatores estruturantes das opções a tomar, em nome do bem comum”, acrescenta.

A nota termina com o apelo a que “neste ano do Jubileu da Esperança” todas e todos participem “na construção do bem comum”.

Comentários
Tem 1500 caracteres disponíveis
Todos os campos são de preenchimento obrigatório.

Termos e Condições Todos os comentários são mediados, pelo que a sua publicação pode demorar algum tempo. Os comentários enviados devem cumprir os critérios de publicação estabelecidos pela direcção de Informação da Renascença: não violar os princípios fundamentais dos Direitos do Homem; não ofender o bom nome de terceiros; não conter acusações sobre a vida privada de terceiros; não conter linguagem imprópria. Os comentários que desrespeitarem estes pontos não serão publicados.

Destaques V+