07 mai, 2025 - 18:00 • João Pedro Quesado
Foi às 16h46 que o bispo Diego Ravelli fechou, como mandam as regras, as portas da Capela Sistina. O Conclave de 2025, para eleger o 267.º Papa e novo sucessor de Pedro, começou.
16 dias depois da morte de Francisco, os 133 cardeais eleitores — incluindo quatro portugueses — entraram na Capela Sistina esta tarde. A cerimónia começou na Capela Paulina do Palácio Apostólico, com os cardeais a seguir em procissão, ao som da Ladainha dos Santos, para a Capela Sistina.
Como o decano e vice-decano do Colégio de Cardeais têm mais de 80 anos, e não podem participar no Conclave, os procedimentos são comandados pelo cardeal Pietro Parolin.
Já nos seus lugares, os cardeais invocaram a ajuda do Espírito Santo, com o hino "Veni Creator", para a eleição que enfrentam. Depois, começaram o juramento geral, onde prometem cumprir as regras estabelecidas para o Conclave através da constituição apostólica Universi Dominici Gregis, de João Paulo II (ligeiramente alterada em 2007 por Bento XVI). Além disso, juram fidelidade perante quem for eleito Romano Pontífice, e segredo sobre o que se passar durante o Conclave.
Depois, de forma individual e por ordem de antiguidade, os cardeais fizeram o juramento particular. Depois de dizer "E eu, [nome] Cardeal [nome], prometo, obrigo-me e juro", colocaram a mão sobre o Evangelho para dizer pedir "Assim Deus me ajude e estes Santos Evangelhos, que toco com a minha mão".
No fim do juramento, o mestre de Cerimónias Litúrgicas Papais, o bispo Diego Raveli, gritou a tradicional frase "Extra omnes!", mandando sair da Capela Sistina todos os elementos que não vão fazer parte da votação, como o coro e outros funcionários.
As portas fecharam depois, dando lugar a uma meditação no interior da Capela Sistina. Depois da distribuição dos boletins, o secretário do Colégio de Cardeais, o mestre de Celebrações Litúrgicas Papais e o mestre de cerimónias saíram da Capela Sistina, com o cardeal-diácono mais jovem a fechar a porta definitivamente até ao fim da votação.