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“Vamos conversar, vamos negociar”. Papa Leão XIV disponível para ajudar a mediar conflitos

14 mai, 2025 - 10:23 • Aura Miguel , Henrique Cunha

“A Santa Sé está disponível para que os inimigos se possam encontrar e olhar nos olhos", disse Leão XIV na audiência concedida esta quarta-feira no âmbito do Jubileu das Igrejas Orientais.

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"Calem as armas". Papa Leão XIV disponível para ajudar a mediar conflitos
"Calem as armas". Papa Leão XIV disponível para ajudar a mediar conflitos

O Papa Leão XIV coloca a Santa Sé à disposição para ajudar a mediar os conflitos no mundo.

“Vamos conversar, vamos negociar”, disse o Papa, na audiência concedida esta quarta-feira no âmbito do Jubileu das Igrejas Orientais.

Leão XIV fez um forte apelo à negociação e ao diálogo, sublinhando o sofrimento dos povos e das Igrejas Orientais e lembrando que o Papa Francisco "chamou às vossas Igrejas de mártires”.

“Sobre este horror e massacre de tantas vidas que devia causar indignação, sobressai um apelo, não tanto do Papa, mas de Cristo que repete: a paz esteja convosco. Rezemos por essa paz”, pediu.

Leão XIV assegurou que fará “todos os esforços para que essa paz se propague”.

A Santa Sé está disponível para que os inimigos se possam encontrar e olhar nos olhos, para que as pessoas possam recuperar a esperança e a dignidade que merecem, a dignidade da paz”, garantiu.

“O povo quer a paz e eu, com o coração na mão, digo aos dirigentes do povo: vamos encontrar-nos, vamos conversar, vamos negociar! A guerra nunca é inevitável", exortou.

O Papa garantiu que a Igreja “nunca se cansará de pedir que se calem as armas”.

“As armas podem e devem ser silenciosas, porque não resolvem os problemas, mas agravam-nos”, assegurou.

Leão XIV garante que “passará à história quem semeará a paz, não quem colhe vítimas” porque “os outros não são, antes de mais, inimigos, mas seres humanos: não são pessoas más para serem odiadas, mas pessoas com quem conversar”.

Fujamos das visões maniqueístas, típicas das narrativas violentas, que dividem o mundo em bons e maus”, insistiu.

Depois, o Papa agradeceu a Deus “por aqueles que, no silêncio, na oração, na oferta, tecem fios de paz”; e pelos “cristãos - orientais e latinos - que, sobretudo no Médio Oriente, perseveram e resistem nas suas terras, mais fortes do que a tentação de as abandonar”.

“Os cristãos devem ter a oportunidade, não apenas por palavras, de permanecer nas suas terras com todos os direitos necessários para uma existência segura. Peço-vos que se empenhem nisto”, reforçou.

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