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Vaticano

​Papa Leão XIV pede coragem e perseverança na busca sincera da paz

25 mai, 2025 - 13:12 • Aura Miguel

Na tarde deste domingo, o Papa será homenageado pelo presidente da Câmara de Roma, celebra missa na basílica de São João de Latrão e toma posse da cátedra do bispo de Roma.

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"Agradeço o afeto". Papa Leão XIV na sua primeira aparição pública na janela do Palácio Apostólico
Papa Leão XIV na sua primeira aparição pública na janela do Palácio Apostólico. Veja o momento.

O Papa Leão XIV dirigiu-se na manhã deste domingo aos fiéis chineses, a propósito do Dia de Oração pela Igreja na China que ontem se assinalou em todo o mundo, “como sinal de solicitude e afeição pelos católicos chineses e pela sua comunhão com a Igreja universal”.

O Dia de Oração pela Igreja na China é assinalado desde 2007 a 24 de maio, dia de Nossa Senhora Auxiliadora, padroeira da China e muito venerada no Santuário Mariano de Xangai.

A situação dos católicos na China que se recusam a integrar a Igreja patriótica fiel ao regime de Pequim continua a causar dificuldades na nomeação de bispos e até alguma perseguição e entraves à expressão pública das comunidades católicas fiéis ao Papa.

No final da oração “Regina Coeli”, o Papa pediu a intercessão de Maria Santíssima para seremos “testemunhas fortes e alegres do Evangelho, mesmo no meio das provações” e, assim, “promoveremos sempre a paz e a harmonia”.

O Santo Padre quis ainda “abraçar na oração” todos os povos que sofrem por causa da guerra: “Invocamos coragem e perseverança, por todos os que estão empenhados no diálogo e na busca sincera da paz”, afirmou.

Nesta sua primeira aparição pública na janela do apartamento pontifício, Leão XIV recordou também os 10 anos da encíclica "Laudato Si", assinada pelo Papa Francisco, sobre o cuidado da Casa Comum. “Teve uma extraordinária difusão, inspirando inúmeras iniciativas e ensinando a todos a ouvir o duplo grito da Terra e dos pobres. Saúdo e encorajo o movimento Laudato si, e todos os que levam para frente este empenho”, disse.

Após a oração, Leão XIV recordou a beatificação de Stanislao Kostka Streich, realizada ontem em Póznan, na Polónia. O sacerdote diocesano foi morto por ódio à fé, em 1938, “porque a sua obra a favor dos pobres e dos operários irritava os seguidores da ideologia comunista”, disse o Papa.

”Que o seu exemplo possa estimular, sobretudo, os sacerdotes a gastarem-se generosamente pelo Evangelho e pelos irmãos."

“Embora eu seja frágil, Deus não se envergonha”

Nas reflexões sobre o Evangelho deste domingo, Leão XIV revelou aos fiéis como está a viver a sua vocação. “Há poucos dias iniciei o meu ministério entre vós e quero, primeiramente, agradecer-vos o afeto que me tendes dedicado e, ao mesmo tempo, pedir que me apoieis com a vossa oração e proximidade. Sentimo-nos por vezes inadequados para tudo aquilo a que o Senhor nos chama, tanto no percurso da vida como no caminho da fé. Mas o Evangelho deste domingo (cf. Jo 14, 23-29) diz-nos que não devemos olhar para as nossas forças, mas para a misericórdia do Senhor que nos escolheu, certos de que o Espírito Santo nos guia e nos ensina todas as coisas."

Interrompido por aplausos, o Papa acrescentou: “Olhando para a nossa vocação, para as realidades e as pessoas que nos foram confiadas, para os compromissos que assumimos, para o nosso serviço na Igreja, é belo que cada um de nós possa dizer com confiança: embora eu seja frágil, o Senhor não se envergonha da minha humanidade, pelo contrário, vem habitar em mim. Acompanha-me com o seu Espírito, ilumina-me e faz de mim um instrumento do seu amor para os outros, a sociedade e o mundo."

Na tarde deste domingo, o Papa será homenageado pelo presidente da Câmara de Roma, celebra missa na basílica de São João de Latrão e toma posse da cátedra do bispo de Roma.

Após a celebração, o Papa Leão XIV ainda se desloca à basílica de Santa Maria Maior, para uma homenagem ao ícone de Nossa Senhora “Salus Popoli Romani", padroeira do povo romano.

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