14 jun, 2025 - 18:48 • Sandra Afonso
Os crentes encheram esta tarde a Catedral Lusitana de S.
Paulo, em Lisboa, para assistir às celebrações que assinalaram 1.700 anos do
Concílio Ecuménico de Niceia.
A cerimónia contou com representantes de seis igrejas cristãs: a Igreja Católica Romana, a Igreja Evangélica Metodista Portuguesa, a Igreja Evangélica Presbiteriana de Portugal, a Igreja Inglesa, a Igreja Lusitana da Comunhão Anglicana e a Igreja Ortodoxa de Constantinopla.
No final, o Patriarca de Lisboa destacou a mensagem de união, partilhada durante a celebração: "reafirma a necessidade de unidade dentro das igrejas, para ser o fermento que com unidade, união e proximidade se transforma para levedar toda a massa do mundo", diz. "Sobretudo quando este mundo está em guerra e há atropelo da vida humana e da sua dignidade", acrescenta D. Rui Valério.
Questionado diretamente sobre o mais recente conflito armado, entre Israel e o Irão, o Patriarca de Lisboa diz que "é uma tragédia, a todos os títulos". Recorda ainda as palavras do Papa Francisco, já repetidas pelo Papa Leão: "uma guerra, um conflito, é sempre uma derrota. É a derrota da humanidade, é a derrota do ser humano, é a derrota do mundo".
Nos 1700 anos do Concílio de Niceia, Dom Rui Valério sublinha ainda a nova linguagem contemplada na elaboração do credo. "Niceia é para todas as igrejas cristãs um desafio, para dizerem a fé em Cristo ressuscitado, ao homem e à mulher de hoje", conclui.