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Procissão Corpo de Deus Porto

D. Manuel Linda reflete sobre presença de Deus que "transforma a sociedade"

19 jun, 2025 - 15:16 • Henrique Cunha

No final da Procissão do Corpo de Deus, esta tarde, no Porto, o bispo diocesano vincou a ideia de que a "democracia correria o risco de implosão se lhe extraírem os valores que lhe dão consistência".

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No final da procissão do Corpo de Deus, esta tarde, no Porto, D. Manuel Linda recordou que, sendo a sociedade formada por todos, “ao sermos transformados n’Ele, é também a sociedade que é transformada. Evidentemente, para melhor”.

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Uma sociedade “de fraternidade, de relações mais sãs, de justiça social, preocupada com as debilidades de sempre e com as muitas que surgem todos os dias, atenta às fragilidades de quem não consegue acompanhar o ritmo social, acolhedora das diversidades, integradora dos migrantes e refugiados, fomentadora da harmonia familiar, etc. Enfim, sociedade de diálogo, condição básica da democracia”.

“É que a democracia, na qual apostamos totalmente, correria o risco de implosão se lhe extraírem os valores que lhe dão consistência. Uma democracia sem valores éticos seria mero formalismo, uma espécie de balão de ar quente que cairia estrondosamente no chão após o arrefecimento do seu interior. Valores e diálogo são, de facto, o oxigénio da sociedade democrática”, alertou.

O bispo aludiu à importância “da manifestação pública” desta tarde e ao facto de se caminhar “com Jesus e através de Jesus”, porque, em conjunto, “vivemos uma experiência de fraternidade” que não permite “viver como estranhos uns para os outros”.

“Quem é tocado por Aquele que, por amor, se entregou e se deu totalmente, não pode conhecer o desprezo do outro, a competitividade que não olha a meios para atingir os seus fins, a solidão que procura produtos para a ignorar, mas não para a superar, a violência inquietante e medonha, o divisionismo que facilmente conduz à guerra e esta à barbaridade e destruição total, etc.”, reforçou.

D. Manuel Linda afirmou que “é preciso que os diversos ‘eus’, sem perderem a dignidade da sua individualidade, saibam coordenar-se numa unidade superior, para bem de todos, que se chama fraternidade”. É essa fraternidade que faz com que “todos se sintam livres dos horrores da violência gratuita, da escravidão amarga, da angústia de se pensar que a sua vida não tem valor, dos medos do futuro, dos sobressaltos das notícias de barbaridades”.

“Minhas senhoras e meus senhores, enquanto me congratulo com a presença de todos, elevo aos Céus um forte pedido: Deus, cujo Corpo e Sangue celebramos, vos abençoe e vos proteja. Ele faça brilhar sobre vós a sua face e vos acompanhe com a sua misericórdia. O Senhor volte para vós o seu olhar e vos conceda a paz. A vós e a todo o mundo que nós formamos”, concluiu.

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