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Diocese de Vila Real vai ter dois novos padres

02 jul, 2025 - 09:41 • Olímpia Mairos

Os novos sacerdotes vão ser ordenados no domingo, às 17h00, por D. António Augusto Azevedo, na Sé de Vila Real.

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Flávio Nunes, 27 anos, natural de Pardelhas, concelho de Mondim de Basto, e Gonçalo Capela, 26 anos, natural de Adoufe, concelho de Vila Real, vão ser ordenados sacerdotes no próximo domingo, às 17h00, por D. António Augusto Azevedo, na Sé de Vila Real.

Para Flávio Nunes, a vocação ao sacerdócio surgiu “em criança, no seio de uma família católica”, onde, desde cedo, aprendeu “o valor da fé, da oração e da vida comunitária”.

“A vivência cristã era parte da vida familiar e os sinais de Deus iam surgindo nas coisas mais simples, na participação na missa, na catequese, no serviço à Igreja. Por volta dos meus 13 anos, começou a surgir dentro de mim a pergunta: E porque não ser padre? Será que Deus me está a chamar a ser padre? Ao princípio esta pergunta era assustadora. Não sabia bem o que responder, não sabia bem o que pensar, mas fui para o Seminário, por volta dos meus 15 anos, e comecei a responder a esta pergunta: sim. Não era todos os dias que respondia ‘sim’. Às vezes, era um ‘não’”, conta.

O futuro sacerdote refere que “com a oração, a ajuda dos padres do Seminário e mesmo de fora”, foi começando a fazer este caminho. “Quando acabei o meu secundário, decidi ir para o Porto, para o Seminário Maior do Porto e para a Universidade do Porto”.

De acordo com Flávio Nunes, “entrar na universidade foi mais do que um passo académico. Foi um verdadeiro aprofundamento da fé”.

O diácono diz que os estudos o ajudaram a conhecer melhor o mistério de Deus, o mistério da Igreja, a compreender a missão do padre como servidor do povo de Deus.

“Mas, mais do que o saber, o que mais me marcou neste tempo foi o crescimento interior, o encontro pessoal com Jesus Cristo, a redescoberta da sua fidelidade e poder confiar naquele que nunca falha”, observa.

O diácono destaca que foi durante este percurso que percebeu, “com mais clareza, que a vocação é um dom de Deus, é um chamamento à entrega total”, e revela que o lema que escolheu para a sua ordenação sacerdotal é a frase de Jesus na cruz, relatada por São Lucas, “Nas tuas mãos, Senhor”.

“Estas palavras expressam tudo aquilo que vivi e aquilo que desejo viver”, adianta, acrescentando que ao longo do caminho foi aprendendo a confiar.

“Confiar que Deus sabe melhor do que eu, sabe muito mais do que eu. Confiar que Ele guia, mesmo quando o caminho parece incerto. Confiar que as suas mãos nos moldam, nos tiram da nossa fragilidade e que nos levam à sua força. Nas tuas mãos é uma oração, é uma entrega, é um abandono confiante”, especifica.

“Quero viver um sacerdócio assim. Quero viver nas mãos de Deus. Que Ele faça de mim o que quiser. Que me torne o seu vaso de barro e que me molde o coração. Que me molde para seguir o seu coração. Que tudo o que vier a fazer, como sacerdote, comece e acabe sempre nesta oração. Senhor, nas tuas mãos entrego o meu espírito. Nas tuas mãos me confio totalmente”, completa.

Construir pontes e apontar para uma esperança maior

Gonçalo Capela conta que desde cedo começou a participar na eucaristia enquanto leitor e depois da primeira comunhão começou a acolitar.

“Foi desses dois serviços que nasceu a vontade de consagrar a minha vida a Cristo Bom Pastor, como ministro ordenado”, revela, acrescentando que o “caminho percorrido no Seminário e nas paróquias de estágio” lhe ensinou que “a vida é um dom que Deus nos concede para colocarmos ao seu serviço e ao serviço dos outros”.

“Dou assim, mais um passo neste caminho de consagração a Deus. Renovo firmemente o compromisso por mim assumido, aquando da ordenação diaconal, de querer ser um ministro próximo das pessoas e disponível para levar alegria às diferentes realidades sociais”, declara.

O futuro padre diz ainda que no seu coração leva “o modelo de Cristo bom Pastor, Sumo Eterno Sacerdote, que se abeira de todos aqueles que se lhe dirigem, para conseguir levar Deus até às suas realidades”.

“Quero consagrar-me a Deus pela unção das minhas mãos e pelo sacramento da Eucaristia e pelo sacramento da Reconciliação, de um modo particular, ser capaz de construir pontes, ser capaz de apontar para uma esperança maior que nos conduz até Deus Pai”, diz, renovando “este compromisso de proximidade e alegria, entregando-me e confiando-me a Cristo bom Pastor, Sumo Eterno Sacerdote”.

Para o bispo de Vila Real, D. António Augusto Azevedo, “cada ordenação é um dom que o Senhor concede à sua Igreja, como sinal de que a continua a assistir e guiar como Bom Pastor”.

Por isso, convida toda a diocese a “unir-se em ação de graças a Deus pelo dom precioso destes dois novos sacerdotes”.

O responsável da diocese vilarealense apela também às comunidades cristãs que se “empenhem em acolher bem os novos presbíteros e colaborar com eles, de forma a que vivam um ministério fecundo e feliz”.

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