17 set, 2025 - 10:27 • Aura Miguel
“Expresso a minha mais profunda solidariedade para com o povo palestiniano em Gaza, que continua a viver com medo e a sobreviver em condições inaceitáveis, forçado mais uma vez a abandonar as suas terras”, disse o Papa esta manhã, na Praça de São Pedro.
Leão XIV recordou o mandamento de Deus ‘Não matarás’ e frisou que “à luz de toda a história humana, cada pessoa tem uma dignidade inviolável que deve ser respeitada e protegida”.
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No final da audiência geral desta quarta-feira, o Papa renovou o seu apelo a um cessar-fogo, à libertação dos reféns e a uma solução diplomática negociada. “Em plena observância do Direito Internacional humanitário, convido todos a juntarem-se à minha sincera oração para que surja depressa uma aurora de paz e de justiça”, concluiu.
Na catequese de hoje, o Papa refletiu sobre o silêncio do sábado santo. “Lutamos para parar e descansar. Vivemos como se a vida nunca fosse suficiente. Apressamo-nos a produzir, a demonstrar, a não perder terreno. Mas o Evangelho ensina-nos que saber parar é um gesto de confiança que devemos aprender”, afirmou, sublinhando que “a esperança cristã não nasce no ruído, mas no silêncio de uma espera habitada pelo amor”.
O Papa sublinhou que a esperança cristã “não é produto da euforia, mas de um abandono confiante” e apontou como modelo a Virgem Maria que encarna esta espera, esta confiança, esta esperança.
“Deus é também o Senhor da pausa, da espera”, acrescentou Leão XIV. E “quando parece que tudo está parado, que a vida é um caminho interrompido, lembremo-nos do Sábado Santo. Mesmo no túmulo, Deus está a preparar a maior surpresa. E se formos capazes de aceitar com gratidão o que aconteceu, descobriremos que, precisamente na pequenez e no silêncio, Deus ama transfigurar a realidade, renovando todas as coisas com a fidelidade do seu amor. E, aos peregrinos de língua portuguesa, deixou a recomendação: “Mesmo nos momentos escuros e silenciosos da nossa vida, tenhamos confiança que Deus nos ajuda a ser mensageiros de esperança”.