25 set, 2025 - 12:54 • Aura Miguel
O Papa recebeu esta manhã o colégio dos escritores da prestigiada revista “Civiltà Cattolica”, confiada à responsabilidade dos jesuítas. A audiência ocorreu no âmbito do 175.º aniversário da fundação da revista, cujo actual diretor é o padre português Nuno Gonçalves SJ.
Leão XIV agradeceu “o serviço fiel e generoso que prestam à Sé Apostólica há tantos anos”, reconhecendo o contributo desta publicação com vista a tornar a Igreja presente no mundo da cultura, em harmonia com os ensinamentos do Papa e as orientações da Santa Sé. “Alguém definiu a vossa revista ‘uma janela para o mundo’, apreciando a sua abertura, e, de facto, uma sua características é a capacidade de abordar os acontecimentos atuais sem receio de confrontar os seus desafios e contradições”, afirmou.
O Santo Padre identificou e refletiu sobre três áreas significativas dos conteúdos da revista: “educar as pessoas para se envolverem de forma inteligente e ativa no mundo, ser a voz dos últimos e ser arautos da esperança”.
Ser mensageiros de esperança é “opormo-nos à indiferença daqueles que permanecem insensíveis ao próximo e à sua legítima necessidade de futuro, bem como superar a desilusão dos que já não acreditam na possibilidade de trilhar novos caminhos e, sobretudo, recordar e proclamar que, para nós, a esperança última é Cristo, o nosso caminho”, acrescentou.
Nesta audiência, Leão XIV reforçou a atualidade das palavras do Papa Francisco que, numa mensagem ao diretor de “La Civiltà Cattolica”, em março deste ano e a propósito do 175.º aniversário desta publicação, afirmou: “Encorajo-vos a continuar o vosso trabalho com alegria, através de um bom jornalismo, que não se adere a outra vertente senão a do Evangelho, ouvindo todas as vozes e encarnando aquela mansidão dócil que faz bem ao coração”.