08 out, 2025 - 00:59 • Redação
O Papa Leão XIV evocou esta terça-feira os dois anos passados desde o ataque terrorista do Hamas a Israel, sublinhando a necessidade urgente de “reduzir o ódio” e “voltar à capacidade de dialogar”.
À porta da residência pontifícia de Castel Gandolfo, o Pontífice lembrou o sofrimento provocado tanto pelo atentado de 7 de Outubro de 2023 como pela ofensiva militar israelita em Gaza que se lhe seguiu.
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“Estes foram dois anos muito dolorosos. Dois anos atrás, 1.200 pessoas morreram neste ataque terrorista. Em dois anos, aproximadamente 67 mil palestinianos foram mortos. É preciso reduzir o ódio, voltar à capacidade de dialogar, de buscar soluções pacíficas”, afirmou o Papa.
O líder da Igreja Católica condenou firmemente o terrorismo e alertou para o crescimento de discursos e atos antissemitas. “Devemos sempre rejeitar esse estilo de ódio no mundo. Ao mesmo tempo, a existência do antissemitismo, em aumento ou não, é preocupante. Devemos sempre proclamar a paz e o respeito pela dignidade de todas as pessoas”, declarou Leão XIV.
Confrontado com as críticas da Embaixada de Israel junto à Santa Sé às declarações do cardeal Pietro Parolin, o Papa afirmou: “O cardeal expressou muito bem a opinião da Santa Sé a esse respeito”, reiterando o alinhamento com o seu secretário de Estado.
O Papa renovou ainda o apelo à oração como instrumento de transformação e reconciliação. “A Igreja pediu a todos que rezem pela paz, especialmente durante este mês. Também buscaremos, com os meios disponíveis à Igreja, promover sempre o diálogo”, garantiu.
No mesmo dia, Leão XIV confirmou a sua primeira viagem apostólica, entre 27 de novembro e 2 de dezembro, à Turquia e ao Líbano. A deslocação à Turquia assinalará os 1700 anos do Concílio de Niceia. “Acredito que seja um momento verdadeiramente importante. Para todos os cristãos, será um momento de autêntica unidade na fé”, explicou.
No Líbano, o Papa quer levar uma mensagem de consolação a um povo marcado por sucessivas crises. “Tentaremos levar esta mensagem de paz e esperança”, afirmou, recordando a vontade do Papa Francisco de visitar o país após a explosão no porto de Beirute.