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Imagem de Nossa Senhora de Fátima vai ao Vaticano cumprindo vontade de Francisco

09 out, 2025 - 22:03 • Ângela Roque

É a quarta vez que a escultura venerada na Capelinha das Aparições vai a Roma a pedido de um Papa, desta vez para o Jubileu da Espiritualidade Mariana, que decorre no fim de semana, mas regressa a Portugal a tempo da peregrinação aniversária de 12 e 13 de outubro.

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A imagem de Nossa Senhora de Fátima deixa esta sexta-feira a Cova da Iria para rumar ao Vaticano onde, em resposta ao pedido feito ainda pelo Papa Francisco, em 2024, vai marcar presença na Jornada de Espiritualidade Mariana, nos dias 11 e 12 de outubro.

A imagem estará na praça de São Pedro para dois momentos especiais, presididos por Leão XIV: a Vigília de Oração, sábado, às 17h00 (hora de Lisboa) - que junta os fiéis e peregrinos que participam tanto do Jubileu da Vida Consagrada como na Jornada da Espiritualidade Mariana -, e a Missa de Domingo de manhã.

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Ao longo do dia de sábado, até à vigília de oração, a imagem estará na Igreja de Santa Maria in Traspontina, para veneração dos fiéis, e onde o reitor do Santuário de Fátima, padre Carlos Cabecinhas, celebrará Missa, pelas 8h locais. Às 16 a imagem sairá da Igreja em procissão até à Praça São Pedro.

Segundo o Dicastério para a Evangelização, a presença da imagem original de Fátima no Jubileu da Espiritualidade Mariana vai enriquecer “ainda mais este momento de oração e reflexão”, já que se trata de “um dos ícones marianos mais significativos para os cristãos de todo o mundo”, sublinhou D. Rino Fisichella.

Em entrevista à Renascença e à agência Ecclesia, que será transmitida e publicada no próximo domingo, dia 12, o diretor do Departamento de Estudos e do Museu do Santuário de Fátima diz não ter dúvidas de que a imagem de Maria inspirada nas aparições aos pastorinhos é atualmente a mais universal de todas as que existem.

“Há imagens de Nossa Senhora que representam partes do mundo, por exemplo, a Imperatriz das Américas, é a imagem de Nossa Senhora de Guadalupe. Mas, para os outros continentes, a Virgem de Guadalupe não tem um culto reconhecido por todos ao nível universal. A Senhora da Aparecida, o Brasil é um continente e para os brasileiros, obviamente, é a sua mãe, a Virgem da Aparecida. E aquele ícone da Virgem Negra com o manto é reconhecível pelos brasileiros. Em Espanha há também alguns modelos. A própria Virgem de Lourdes teve um culto muito globalizado. Mas, no tempo contemporâneo parece que o Vaticano reconhece que é a imagem de Nossa Senhora de Fátima o modelo mariano mais globalizado, mais absorvido em todas as geografias, em todos os continentes”, sublinha Marco Daniel Duarte.

Esta é a quarta vez que a imagem venerada na Capelinha das Aparições, em Fátima, vai a Roma a pedido de um Papa. A primeira foi por ocasião do Jubileu Extraordinário da Redenção quando, a 25 de março de 1984, S. João Paulo II consagrou o mundo ao Imaculado Coração de Maria. A segunda vez foi no grande Jubileu do ano 2000, e a mais recente em outubro de 2013, a convite de Bento XVI e Francisco, para a Jornada Mariana do Ano da Fé.

A estátua de Nossa Senhora de Fátima é uma obra do artista português José Ferreira Thedim, criada em 1920. Encontra-se habitualmente na Capelinha das Aparições, na Cova da Iria, onde em 1917 a Virgem apareceu a Lúcia, Francisco e Jacinta.

A imagem, com 104 centímetros de altura, foi esculpida com madeira de cedro do Brasil, inspirada no testemunho da Irmã Lúcia. Foi coroada solenemente em 13 de maio de 1946 e, a bala que atingiu João Paulo II no atentado que sofreu em 1981, foi mais tarde incrustada na coroa.

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