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Nobel da Paz

Arcebispo Emérito de Caracas: "O Nobel deve ser atribuído aos que trabalham pelo bem"

10 out, 2025 - 20:48 • Pedro Mesquita

Em entrevista à Renascença, o Cardeal Baltazar Porras acredita que o Nobel da Paz atribuído a María Corina Machado vai ter "repercussões" e que distinção é o "reconhecimento dos que defendem o direito à vida e à liberdade".

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Cardeal Baltazar Porras de Caracas
O Cardeal Baltazar Porras, Arcebispo Emérito de Caracas. Foto: DR

María Corina Machado, o principal rosto da oposição venezuelana ao presidente Maduro, na clandestinidade, foi esta sexta-feira laureada com o Nobel da Paz e, ouvido pela Renascença, o Arcebispo Emérito de Caracas considera que é justa a atribuição da distinção, acreditando que a mesma vai ter "repercussões", numa altura em que não há ainda reação do Palácio de Miraflores, por parte de Nicolás Maduro.

A líder da oposição a Nicolás Maduro é a primeira venezuelana a receber o Nobel da Paz. María Corina Machado reagiu à notícia com surpresa, dizendo estar ainda "em choque" e "honrada".

Ouvido pela Renascença, o Cardeal Baltazar Porras, Arcebispo Emérito de Caracas, considera que se trata de uma distinção justa: "Sim, sim, certamente. Este prémio deve ser atribuído aos que realmente trabalham pelo bem dos outros. E este trabalho é digno de uma menção. E como dizia o Papa Francisco, é necessário buscar o encontro e do entendimento, apesar das diferenças. Nunca devemos fechar os caminhos que conduzem ao bem de todos".

Quanto ao verdadeiro alcance deste Nobel, o Arcebispo Emérito de Caracas sublinha que o reconhecimento dos que defendem o direito à vida e à liberdade, merece a reflexão, tanto dos políticos como da população, e não apenas na Venezuela.

"Bem, eu acho que tudo o que significa é a defesa do direito à vida e à liberdade. Isso foi reconhecido mundialmente e deve ajudar à reflexão das autoridades e dos povos, e a quem acompanhe esta situação em qualquer parte do mundo...para que se compreenda que só abrindo caminhos para a fraternidade e para o entendimento é que haverá progresso material e espiritual", afirma.

E o Arcebispo Emérito de Caracas não tem dúvidas de que este Nobel vai ter alguma repercussão: "Para o Venezuela, o que desejamos é ter a capacidade de vivermos todos, e que todos sejamos iguais, com respeito ente uns com os outros. É o que todos desejamos. Todas essas coisas sempre têm que ter alguma repercussão em uns e em outros".

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