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Morreu Jules Feiffer, cartoonista e escritor vencedor de um Óscar e de um Pulitzer

21 jan, 2025 - 23:44 • Lusa

Feiffer ganhou os prémios mais importantes dos Estados Unidos em jornalismo e cinema, levando para casa um Prémio Pulitzer em 1986 pelos seus desenhos animados e um Óscar em 1958 pelo desenho animado de curta-metragem "Sick, Sick, Sick: A Guide to Non-confident Munro".

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Jules Feiffer, cartoonista e escritor vencedor de um Óscar e de um Pulitzer, cuja carreira abrange desde banda desenhada a peças de teatro, guiões e livros infantis, morreu na sexta-feira, aos 95 anos, foi esta terça-feira anunciado.

A mulher de Feiffer, a escritora JZ Holden, adiantou que o escritor morreu de insuficiência cardíaca na sua casa em Richfield Springs, Nova Iorque, e estava rodeado de amigos, os dois gatos do casal e as suas obras de arte recentes.

Holden acrescentou que o marido estava doente há alguns anos, "mas esteve forte e alerta até ao fim. E engraçado".

Artisticamente ágil, Feiffer, que nasceu em 26 de janeiro de 1929, no Bronx, desde criança que gostava de desenhar e transitou entre inúmeras formas de expressão, registando a curiosidade da infância, a angústia urbana e outras correntes sociais.

Para cada um deles, estampou uma inteligência acutilante e observações precisas sobre as relações pessoais e políticas que definiam a vida dos seus leitores.

Como Feiffer explicou ao Chicago Tribune em 2002, o seu trabalho tratava "da comunicação e da sua rutura entre homens e mulheres, pais e filhos, um governo e os seus cidadãos, e o indivíduo que não lida tão bem com a autoridade".

Feiffer ganhou os prémios mais importantes dos Estados Unidos em jornalismo e cinema, levando para casa um Prémio Pulitzer em 1986 pelos seus desenhos animados e um Óscar em 1958 pelo desenho animado de curta-metragem "Sick, Sick, Sick: A Guide to Non-confident Munro".

"O meu objetivo é fazer as pessoas pensar, fazê-las sentir e, ao longo do caminho, fazê-las sorrir, se não rir", frisava Feiffer ao South Florida Sun Sentinel, em 1998.

"O humor parece-me uma das melhores formas de defender ideias. Isto faz com que as pessoas ouçam com a guarda em baixo", sublinhava.

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