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Programa de Jimmy Kimmel suspenso após críticas ao aproveitamento político da morte de Charlie Kirk

18 set, 2025 - 00:15 • Reuters

Em causa estão declarações do apresentador sobre a reação da Casa Branca e o movimento MAGA ao assassinato de Charlie Kirk, ativista conservador e aliado de Donald Trump.

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A estação de televisão ABC, detida pela Walt Disney, anunciou esta quarta-feira que vai suspender indefinidamente a emissão do programa “Jimmy Kimmel Live”.

Em causa estão declarações do apresentador sobre o aproveitamento político do assassinato de Charlie Kirk, ativista conservador e aliado de Donald Trump, que suscitaram duras críticas por parte do presidente da Comissão Federal de Comunicações (FCC).

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Anteriormente, o grupo mediático Nexstar Media Group Inc. tinha revelado que deixará de transmitir o programa nas suas 32 afiliadas da ABC, referindo-se especificamente aos comentários proferidos por Kimmel.

“As declarações do Sr. Kimmel sobre a morte do Sr. Kirk são ofensivas e insensíveis, sobretudo num momento crítico do discurso político nacional”, afirmou Andrew Alford, presidente da divisão de radiodifusão da Nexstar.

Ainda durante o dia de quarta-feira, o presidente da FCC, Brendan Carr, apelou publicamente às emissoras locais para que suspendessem a transmissão do programa na grelha da ABC.

A morte do comentador conservador Charlie Kirk continua a gerar reações intensas nos Estados Unidos, tendo já resultado no despedimento de vários profissionais em diferentes setores. As punições foram motivadas por comentários críticos ou considerados ofensivos feitos nas redes sociais.

Um dos casos mais mediáticos foi o da colunista Karen Attiah, despedida do “Washington Post” após partilhar publicações onde criticava a apatia americana face à violência política e denunciava padrões raciais duplos.

A jornalista rejeita qualquer incitamento ao ódio e garante que não celebrou a morte de Kirk. “Fui despedida sem sequer uma conversa. A minha intenção foi debater padrões de desigualdade, não atacar colegas ou incentivar violência”, escreveu na plataforma Substack.

Outro caso envolveu Matthew Dowd, comentador da MSNBC, que, durante uma emissão ao vivo, classificou Kirk como “uma das figuras mais divisivas” e sugeriu que o seu discurso poderia alimentar um ambiente de ódio. Apesar de ter pedido desculpa e alegado que os comentários foram mal interpretados, foi despedido.

Na Universidade de Clemson, um funcionário foi despedido e dois professores assistentes suspensos após críticas públicas à figura de Kirk. A instituição confirmou a abertura de um processo disciplinar interno, após queixas de grupos estudantis conservadores.

Já na Universidade do Dakota do Sul, o professor Michael Hook foi colocado em licença administrativa por ter apelidado Kirk de “Nazi espalhador de ódio” e sugerido que a sua morte permitiria que “boas pessoas” entrassem na vida das suas vítimas.

O vice-presidente dos Estados Unidos, J.D. Vance, apelou diretamente aos americanos para denunciarem quem apoie ou manifeste satisfação pela morte de Charlie Kirk.

“Quando virem alguém a celebrar o assassinato do Charlie, denunciem-no – e denunciem-no também ao seu empregador”, afirmou no programa The Charlie Kirk Show, gravado a partir da Casa Branca.

Trump já tinha "ouvido dizer"

Em julho deste ano, o Presidente Donald Trump veio a público aplaudir o fim do programa de Stephen Colbert, na estação CBS, e disse que Jimmy Kimmel poderá ser o próximo apresentador a ser despedido.

“Adoro que o Colbert tenha sido despedido. O seu talento é ainda menor do que as suas audiências”, escreveu Donald Trump nas redes sociais.

Na mesma publicação, o líder dos EUA, que no passado apresentou o "reality show" "The Apprentice", disse que os cancelamentos nos programas da noite podem não ficar por aqui.

"Ouvi dizer que o Jimmy Kimmel é o próximo. Tem ainda menos talento que o Colbert! Greg Gutfeld é melhor do que todos eles juntos, incluindo o atrasado na NBC que arruinou o anteriormente ótimo Tonight Show”, disparou Donald Trump.

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