Autor, há dez anos, de "Suite 605", livro resultante de uma investigação sobre a "offshore" da Madeira, o economista João Pedro Martins fala do mais recente escândalo a partir de um leak", o "Pandora Papers", classificando como "vergonha" e "hipocrisia" a atitude de ex-governantes que se tornam em "beneficiários do quadro legal que criaram".
Wopke Hoekstra colocou 26.500 euros num paraíso fiscal. No ano passado, foi criticado por António Costa por levantar obstáculos à aprovação de apoios para ajudar os países da UE a enfrentar a crise provocada pela pandemia.
Os três portugueses envolvidos nos "Pandora Papers" são os antigos ministros Nuno Morais Sarmento (PSD) e Manuel Pinho (PS) e o antigo deputado socialista Vitalino Canas.
Catarina Martins considera "extraordinário", que Morais Sarmento, vice-presidente do PSD, assuma "com muita candura, até, que usou um "offshore" para não cumprir a lei".
O consultor de políticas anti-corrupção e ex-presidente da Associação Transparência e Integridade diz que o envolvimento de líderes políticos é a demonstração de porque é tão difícil aos políticos tomarem medidas efetivas em relação as offshore.
Investigação do Consórcio Internacional de Jornalistas revela segredos financeiros de figuras públicas, entre os quais personalidades ligadas ao futebol.
A presidente da direção da Transparência Internacional Portugal salienta que "é preciso melhorar os registos de beneficiários efetivos, para que as "offshores" não sirvam como bonecas russas que vão escondendo a identidade dos seus verdadeiros titulares". .
A nova investigação do Consórcio Internacional de Jornalistas de Investigação identifica três políticos portugueses com "segredos financeiros", políticos que o semanário Expresso diz serem Manuel Pinho, Nuno Morais Sarmento e Vitalino Canas.