paulo cafôfo

"Esta derrota é minha responsabilidade. Fiz o melhor que pude", disse o líder do PS/Madeira.

Paulo Cafôfo diz que quem vai decidir o resultado das eleições de domingo são os indecisos “que nunca votam no PSD”. Em entrevista à Renascença, o líder do PS Madeira propõe um entendimento alargado de partidos da oposição, sem o Chega, e exige tempo para negociar uma alternativa ao PSD.

O cabeça de lista do PS diz que "a única forma de garantir que seja um governo que perdure, duradouro, é com o Partido Socialista".

"Só há duas possibilidades, ou votam em mim e no PS, ou votam em Miguel Albuquerque e no PSD", afirmou o cabeça de lista do PS.

A reunião magna dos socialistas madeirenses decorre depois das eleições internas do PS/Madeira, realizadas em 31 de janeiro, nas quais Paulo Cafôfo foi reeleito presidente da estrutura regional do partido, num sufrágio em que foi o único a concorrer e obteve 98,3% dos votos.

Congresso está marcado para 22 e 23 de fevereiro.

Até agora todos os partidos da Madeira pedem a realização de eleições antecipadas na região. A data de 9 de março é apontada como a mais adequada, sendo que a campanha eleitoral iria decorrer em pleno Carnaval.

O líder do PS-Madeira, que vai votar a favor da moção de censura, defende que os partidos da oposição responsáveis têm de encontrar “soluções” para acabar com a instabilidade política na região. Paulo Cafôfo reage ainda à criação de um gabinete de prevenção da corrupção, dizendo que é uma fantochada e que não é independente.

Paulo Cafôfo falava na freguesia da Serra de Água, concelho da Ribeira Brava, onde o fogo teve início em 14 de agosto, numa iniciativa política para chamar a atenção do que considera ser "um processo muito pouco claro".

A decisão do PS Madeira foi tomada esta tarde por unanimidade dos membros da comissão política regional. Paulo Cafôfo diz que em nome da coerência o partido não podia tomar outra decisão. O governo de Miguel Albuquerque está agora nas mãos dos 9 deputados do Juntos Pelo Povo que só na próxima semana vai decidir o sentido de voto à moção de censura do Chega.