Procuradora-geral da República assume que o seu único foco foi "melhorar os resultados" e reitera que as suas palavras sobre os constrangimentos do Ministério Público não representaram uma desvalorização dos direitos das mulheres.
A procuradora-geral da República apontou a grande proporção de jovens mulheres trabalhadoras, as suas possíveis gravidezes e a “panóplia de situações” como uma das principais causas de “constrangimentos” nos trabalhos do Ministério Público. A Renascença olha para as palavras de Lucília Gago à luz dos números e dos direitos dos trabalhadores.
Nas Novas Crónicas da Idade Mídia desta semana, a entrevista da procuradora-geral da República à RTP, a barragem à extrema-direita em França, a entrevista de Biden à ABC e a Cimeira da NATO que terminou esta quinta-feira em Washington.
A antiga ministra da Educação considera que dar uma entrevista antes de ir prestar declarações ao Parlamento é "um sinal de populismo". Maria de Lurdes Rodrigues, subscritora do "manifesto dos 50" por uma reforma da Justiça, diz também a Procuradora-geral da República rejeita qualquer crítica, algo que é "completamente inaceitável".
Os sucessivos casos de violação do segredo de justiça, a publicitação de operações judiciais nos meios de comunicação social é uma das razões para este grupo de personalidades acusar a hierarquia de falta de controlo do Ministério Público.
Procuradora-geral da República recusa ter pensado em demitir-se e admitiu a autoria do parágrafo que referia uma investigação a António Costa, mas não se sente culpada pela demissão do ex-primeiro-ministro. Na primeira entrevista desde que assumiu funções, em outubro de 2018, a responsável do Ministério Público justificou o silêncio dizendo que "a discrição é bem melhor do que o espalhafato".