A ex-eurodeputada disse, esta sexta-feira, que fez uma participação à Procuradoria Europeia, com conhecimento às autoridades portuguesas, relacionada com a avença do grupo Solverde à empresa da família do primeiro-ministro.
O primeiro-ministro, Luís Montenegro, abriu a porta a uma moção de confiança e anunciou que vai passar a empresa familiar para o nome dos filhos. Durante uma declaração ao país que fez este sábado, às 20h00, o chefe do Governo colocou o futuro do seu executivo nas mãos da oposição. "A crise política deve ser evitada, mas pode ser inevitável", afirmou o primeiro-ministro.
No espaço de três anos e meio, a Spinumviva recebeu cerca de 185 mil euros em avenças da Solverde, reacendendo um caso que começou com potenciais conflitos de interesse pela lei dos solos. Entre os clientes da empresa estão outras duas empresas com as quais o primeiro-ministro teve ligações no passado – a Rádio Popular e a Ferpinta.
Ouvido pela Renascença, Jorge Reis Novais defende que não existe outra saída para Luís Montenegro, no plano jurídico-constitucional, que não seja pedir a demissão. E se primeiro-ministro não se demitir, deverá ser o Presidente da República a fazê-lo, defende ainda.
Castro Almeida convicto que primeiro-ministro vai dar “todas as explicações” sobre empresa familiar. O ministro Adjunto e da Coesão Territorial afasta o cenário de uma crise política, na sequência da polémica avença paga à empresa da família do primeiro-ministro, num ano em que o Governo tem de tomar uma decisão sobre a extensão ou não da concessão dos casinos da Solverde.
Para a Frente Cívica, o primeiro-ministro tem um conflito de interesses evidente. A empresa da família trabalha com clientes angariados por Luís Montenegro. É o caso da Solverde, sabe-se agora.