São cada vez mais e começam a atrasar a meta da imunidade de grupo contra a Covid-19. As novas variantes do SARS-CoV-2 são o reflexo da teoria da evolução de Darwin e é, também, por isso que as mais transmissíveis e resistentes tendem a predominar. Como emergem? Que efeitos têm no controlo da pandemia? E que riscos representam?
Segundo o relatório de monitorização de linhas vermelhas, tanto a incidência como a pressão nos cuidados de saúde apresentam tendências de crescimento.
A variante indiana, uma das variantes mais recentes e preocupantes, aumentou para 4,6% do total de casos, estando já em nove distritos e 13 concelhos do país.
Instituto Ricardo Jorge aponta também "um aumento considerável" da variante ligada à África do Sul, apesar de a sua circulação ainda ser "pouco frequente na comunidade".
Nova variante já se propagou por quatro das cinco regiões do Brasil. Foi-lhe identificada a mesma mutação identificada nas variantes detetadas anteriormente no Brasil e no Reino Unido.
Casos já foram reportados pelo Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge às autoridades de saúde, "que já efetuaram as devidas diligências para o rápido rastreio de contactos".
No dia em que a Direção-Geral da Saúde decidiu alargar os rastreios a todos os contactos de um infetado e realizar testes rápidos em escolas, fábricas e na construção civil, o virologista Pedro Simas reconhece que melhor teria sido se a medida tivesse sido posta em prática mais cedo. No entanto, diz, "esta é uma curva de aprendizagem e nós vamos implementando à medida que vamos aprendendo".