Não abriu portas, esta manhã, a escola EB2,3 Mário de Sá Carneiro, a antiga Básica de Camarate, devido a uma greve e vigília de assistentes operacionais, fartos de episódios de insegurança recorrentes naquele estabelecimento de ensino entre alunos e de alunos para com as funcionárias.
Rita, Filipe e Gustavo não se conhecem, mas têm em comum terem sido vítimas de violência na escola. Os números oficiais dizem-nos que a delinquência juvenil está a crescer, enquanto pais e escolas trocam culpas sobre o assunto. Crescer numa família estável, ou até frequentar uma escola privilegiada, já não protege ninguém de se tornar agressor, vítima ou testemunha. A violência sem filtro está nos telemóveis, a companhia que mais preenche o dia dos adolescentes. Demasiadas vezes sem censura.
Para além do atendimento a vitimas, o Núcleo de Atendimento a Vítimas de Violência Doméstica da Cáritas de Aveiro dá respostas de apoio psicológico e dispõe de assessoria juridica. É o único núcleo no país com uma casa-abrigo para homens. O espaço está lotado.
Organizações de professores, pais e diretores escolares querem saber o que se passa dentro das escolas e caracterizar o fenómeno da violência e indisciplina. Saber quem pratica, como o faz e em que regiões.