Intercâmbio cultural entre as duas nações "é vantajoso do ponto de vista económico, cultural e até linguístico", defende Francisco Topa, docente da Faculdade de Letras da Universidade do Porto especialista em literatura e cultura brasileiras.
A amostra de 1.072 entrevistas não teve como preocupação respeitar os resultados eleitorais das legislativas, mas cruzando os dados recolhidos com a indicação do partido em que votaram, é possível concluir que a rejeição é muito elevada.
Pedro Góis, da Universidade de Coimbra, alerta para a fragilização dessas comunidades, com a "repetição das mesmas imagens, dos mesmos locais e das mesmas pessoas que têm uma cor diferente", como se a imigração fosse apenas aquela, quando as populações do Bangladesh, Índia ou Nepal são minoritárias no contexto dos imigrantes.
Milhares de pessoas marcharam contra a xenofobia e o racismo, muitas delas imigrantes e com bandeiras de Portugal na mão. A escassos metros, uma vigília do Chega reuniu mais duas centenas de pessoas, que protestavam contra o "descalabro total". Praticamente um mês depois, a polémica operação policial no Martim Moniz fez encher as ruas de Lisboa.
O apelo defende que todas as pessoas que vivem e trabalham em Portugal têm que ser tratadas com dignidade e que esta ação policial não foi um caso isolado.
Comunidades estão descontentes com as operações policiais "absolutamente desproporcionais à criminalidade" que existe na zona e grupo manifesta "revolta, indignação e humilhação" pelo comportamento das autoridades na quinta-feira.
A ministra da Administração Interna aludia aos recentes episódios de violência que ocorreram na Área Metropolitana de Lisboa, após a morte de Odair Moniz.
Movimento Vida Justa, Coletivo Consciência Negra e FAR - Frente Anti-Racista não foram inicialmente convidadas para a reunião com o Governo a deocrrer esta terça-feira. Grupo de Ação Conjunta contra o Racismo e Xenofobia considera que falta de convite "demonstra uma falta de visão" sobre problemas e comunidades.