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Ana Catarina Mendes e o PRR. "Portugal fez uma opção, uma opção de não se endividar"

20 mai, 2024 - 16:30 • Isabel Pacheco , Daniela Espírito Santo

Ex-ministra adjunta e dos assuntos parlamentares responde a críticas do ministro da Agricultura e Pescas, José Manuel Fernandes, sobre a execução do PRR.

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Ana Catarina Mendes recusa a ideia de má gestão do Plano de Recuperação e Resiliência. Em resposta às críticas do ministro da Agricultura e Pescas, José Manuel Fernandes, sobre a execução do PRR, a ex-ministra adjunta e dos assuntos parlamentares explica que a decisão do Governo em não recorrer a oito mil milhões de euros suplementares de empréstimo no âmbito do PRR foi uma opção pelo não endividamento.

"Portugal fez uma opção, uma opção de não se endividar. O empréstimo significava uma dívida para o Estado português e nós entendemos que não devia ser esse o caminho", explicou Ana Catarina Mendes, à margem da conferência "Para Onde Caminha Portugal na Europa?", que decorreu esta segunda-feira em Vila Nova de Gaia.

A ministra do Governo anterior relembra que o executivo fez uma "negociação do PRR a fundo perdido". "Não é por acaso que somos o quarto país com melhor nível de execução do PRR no espaço da União Europeia e dos poucos países que já teve o seu quarto reembolso, a caminho do quinto reembolso do PRR", assevera, em resposta ao ministro da agricultura e ex-eurodeputado, José Manuel Fernandes, que acusou o anterior Governo de ter desperdiçado a oportunidade.

"No âmbito do plano de recuperação e resiliência - e não foi por falta de aviso - tínhamos vários milhões de euros e não os quisemos. É uma pena termos perdido esta oportunidade", lamentou José Manuel Fernandes, durante a conferência.

Para o ministro da Agricultura e das Pescas, Portugal não aproveitou estes empréstimos a 30 anos "porque não sabíamos o que queríamos", pelo que é "essencial estarmos todos de acordo em objetivos simples para o futuro".

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