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Futebol de Formação

IberCup 2024. A "maternidade" pascal dos sonhos de milhares de crianças que querem ser Gonçalos Ramos

27 mar, 2024 - 17:10 • Redação

Nesta Páscoa há milhares de jovens raparigas e rapazes, de "todos os cantos do mundo", que vão concentrar-se em Portugal para uma das maiores provas de futebol jovem. Bola Branca conversou com o organizador do IberCup, numa edição "recorde".

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Está quase a soar o apito de um dos mais prestigiados torneios de futebol jovem. O IberCup Cascais 2024 arranca já esta quinta-feira com recordes na manga. Bola Branca conversou com Filipe Rodrigues, diretor da prova portuguesa, que admite que "a expetativa é muito alta e o desafio é muito grande".

"É um verdadeiro recorde. Ultrapassamos pela primeira vez a marca das 300 equipas. São 22 países, futebol feminino e masculino, de todas as idades e cantos do mundo", adianta o antigo jogador e treinador.

De 28 a 31 de março, muitos golos vão ser marcados e em várias línguas. Filipe Rodrigues já "sente o cheiro da relva" e não esconde o orgulho com o crescimento da prova na última década.

"Na primeira edição tivemos cerca de 70 equipas e mil e poucos atletas. Ao fim de uma década quadruplicámos o numero de participantes. No ano passado também tivemos muitas equipas, mas não se compara. No verão voltaremos novamente a bater um recorde, com números difíceis de imaginar, porque prevemos cerca de 500 equipas", adianta o diretor do IberCup Cascais 2024.

Filipe Rodrigues desconfia que o número de olheiros a orbitar sobre os cerca de 30 relvados que compõem a prova será uma "barbaridade" e partilha que há até clubes a pedirem para "arranjar alojamento", dada a afluência que Cascais terá por estes dias.

Em tempos em que "o talento é quase recolhido na maternidade", o diretor do IberCup Cascais 2024 defende que a prova é "uma vitrine" à mostra dos grandes tubarões, sempre sedentos de mais e melhores talentos. Um dos maiores exemplo disso é hoje internacional e veste a camisola do Paris Saint-Germain.

"Recordo-me do Gonçalo Ramos. Lembro-me de ele disputar uma final de sub-14 com o Ajax em que fez toda a diferença. Mas dizer naquela altura que ia ser jogador... Nunca sabemos" reconhece Filipe Rodrigues.

O cérebro da prova não tem "preferência" no que toca ao sector masculino, mas não esconde a "expetativa" quando o assunto é o futebol feminino.

"Pelo crescimento que o futebol feminino teve e a notoriedade que está a ter. Enche-me de orgulho porque foi sempre algo que quisemos implementar, sempre com muita dificuldade, mas os números estão aí", sublinha.

Quanto ao futuro, "não há limite" para a IberCup. O objetivo, assegura Filipe Rodrigues, continua a ser "proporcionar sonhos a estas crianças", sempre com "espaço para melhorar". O diretor da prova só quer ir "até onde deixarem".

Os sonhos são possíveis neste fim-de-semana pascal. Todos os caminhos vão dar ao IberCup Cascais 2024 que, por estes dias, será a "maternidade" predileta do mundo do futebol.

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