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Aberto novo acesso a Gaza para entrada de ajuda humanitária

12 mai, 2024 - 22:36 • Lusa

Desafiando os avisos internacionais contra uma ofensiva de grande envergadura, as tropas israelitas têm vindo a efetuar incursões na zona leste de Rafah desde terça-feira.

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O exército israelita anunciou este domingo a abertura de um novo acesso no Norte da Faixa de Gaza, devastada por sete meses de guerra, para permitir a entrada de ajuda humanitária.

Hoje "foi aberta a passagem Erez-Oeste, no Norte da Faixa de Gaza, para entrega de ajuda humanitária", no âmbito de "medidas que visam aumentar as rotas de ajuda para a Faixa de Gaza, em particular no Norte" do território palestiniano", refere o exército israelita, num comunicado citado pela Agência France Presse (AFP).

Pouco depois do anúncio, um correspondente da AFP viu cerca de 30 camiões, carregados de ajuda humanitária, vindos do Norte a entrar na cidade de Gaza, pela primeira vez desde o início da operação do exército israelita no Sul da Faixa de Gaza.

No comunicado, o exército israelita refere que coordenou o transporte de "dezenas de camiões de farinha desde o porto [israelita] de Ashdod, em nome do PAM", o programa alimentar mundial da Organização das Nações Unidas (ONU).

No sábado, o exército israelita efetuou novos bombardeamentos na Faixa de Gaza, nomeadamente em Rafah, e ordenou novas evacuações desta cidade, ameaçada por uma grande ofensiva terrestre.

Desafiando os avisos internacionais contra uma ofensiva de grande envergadura, as tropas israelitas têm vindo a efetuar incursões na zona leste de Rafah desde terça-feira.

Israelitas e palestinianos estão em conflito há décadas, mas esta fase do conflito eclodiu em 07 de outubro, quando comandos do Hamas infiltrados a partir de Gaza realizaram um ataque sem precedentes contra Israel, matando mais de 1.170 pessoas, a maioria civis, segundo dados oficiais israelitas.

Em resposta, Israel prometeu "aniquilar o Hamas", no poder em Gaza desde 2007, e lançou uma ofensiva que já provocou mais de 35.000 mortos, segundo o Ministério da Saúde de Gaza, controlado pelo movimento radical islâmico.

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