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Não há mais conversa. PSD diz que está na hora de PS e Chega se definirem sobre a redução do IRS

21 mai, 2024 - 13:45 • Manuela Pires

O PSD insiste na redução das taxas dos 7.º e 8.º escalões do IRS e diz que, para tentar um consenso, cedeu em várias matérias para se aproximar dos restantes partidos.

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O PSD entregou na assembleia da República um novo texto de substituição da proposta de lei do governo sobre a redução do IRS e quer que seja votada esta semana no Parlamento.

Os dois partidos que sustentam o governo, PSD e CDS, querem ver admitido o novo texto na quarta-feira na Comissão de Orçamento e Finanças e votado em plenário na sexta-feira, na generalidade, especialidade e votação final global.

Em conferência de imprensa, o líder parlamentar do PSD, Hugo Soares, anunciou que chegou o momento da clarificação por parte dos outros partidos e que o partidos não está disponível para atrasar mais este processo.

“Não contem com o grupo parlamentar do PSD e CDS para andar a empalear a questão do IRS, para atrasar a baixa de impostos e para fazer da baixa de impostos sobre os portugueses jogo partidário” disse.

“Está na hora dos partidos se definirem, nós fizemos o nosso caminho, nós acolhemos as propostas dos demais partidos, agora é hora da clarificação” avisou Hugo Soares.

Hugo Soares defendeu que PSD e CDS já foram “ao máximo do que podiam ir” dizendo que os dois partidos acolheram cinco propostas dos restantes grupos parlamentares.

“Nós temos cinco matérias onde nos aproximamos das propostas dos outros grupos parlamentares. Se isto não é a demonstração cabal de procura de diálogo e consenso e de respeito pela composição parlamentar, eu não sei o que é consenso” diz Hugo Soares.

Entre as matérias estão a redução no 3.º e 4.º escalões acompanhando as posições do Chega e do PS, no sexto escalão o PSD faz uma redução menor do que a inicial para ir ao encontro do PS

Hugo Soares referiu ainda a inclusão automática dos escalões do IRS a partir de 2025 e a atualização do mínimo de existência, este último, proposto pelo PS e pelo Chega.

O líder da bancada parlamentar disse ainda que amanhã é o dia para clarificar a posição, quer do PS e do Chega sobre esta matéria e qual a política de alianças no parlamento.

“Se o PS quiser aprovar com o partido Chega a proposta do PS, aprovará. Se o Partido Socialista quiser ser responsável e quiser aprovar a nossa proposta, aprovará. Se o partido Chega quiser cumprir a sua palavra dada publicamente e quiser aprovar a nossa proposta, assim fará. Se não o fizer, aprovará a do PS como tem acontecido, e procurará governar a partir do parlamento com o PS. O julgamento cabe aos portugueses”, concluiu Hugo Soares.

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