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Confrontos fazem cinco mortos no Egipto

04 out, 2013 - 17:40

Sexta-feira de protestos foi convocada pela Irmandade Muçulmana para contestar o governo de transição apoiado pelos militares.

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As manifestações violentas regressaram esta sexta-feira a várias cidades do Egipto. Pelo menos cinco pessoas perderam a vida nos confrontos.

Um apoiante do movimento Irmandade Muçulmana, do presidente deposto Mohamed Morsi, perdeu a vida em incidentes com as forças de segurança, no Cairo.

Testemunhas relataram à agência Reuters que um veículo do exército abriu fogo em direcção aos apoiantes do movimento que tinham sido afastados da emblemática praça Tahrir pela polícia. Fontes médicas adiantam que um dos manifestantes morreu devido a ferimentos provocados por arma de fogo.

Na cidade de Assuit, no Sul do Egipto, quatro pessoas foram mortas a tiro, avançam fontes hospitalares. Até ao momento, não se sabe se as vítimas eram apoiantes ou opositores do presidente deposto Mohamed Morsi.

Os protestos foram convocados pela Irmandade Muçulmana para contestar o governo de transição apoiado pelos militares. São as maiores manifestações desde que as autoridades colocaram um ponto final nas acções de protesto da oposição e declararam o estado de emergência e o recolher obrigatório durante a noite.

O actual clima de tensão no país iniciou-se a 30 de Junho, quando diversos sectores da oposição promoveram grandes protestos exigindo a deposição do presidente islamita Mohamed Morsi, eleito em Junho de 2012 nas primeiras eleições livres no país.

Morsi provinha da Irmandade Muçulmana, que também venceu as legislativas organizadas após o derrube, em Fevereiro de 2011, do regime autocrático de Hosni Mubarak.

A 3 de Julho, o presidente foi deposto e detido pelos militares, tendo sido formado um Governo de transição, entre os protestos das correntes islamitas que exigem o regresso de Morsi ao poder.

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