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Operação Marquês

Sócrates vai recorrer da decisão do Tribunal da Relação

25 jan, 2024 - 18:54 • Ricardo Vieira

"É uma decisão que me deixa uma grande sensação de desapontamento", disse o antigo primeiro-ministro. Relação deu razão ao Ministério Público e vai levar José Sócrates a julgamento por crimes de corrupção.

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José Sócrates anuncia que vai recorrer de decisão do Tribunal da Relação de o levar a julgamento por crimes de corrupção no âmbito da Operação Marquês.

"É uma decisão que me deixa uma grande sensação de desapontamento", disse o antigo primeiro-ministro, em declarações aos jornalistas, na Ericeira.

"Não estou de acordo e vou contestar com os meios legais à minha disposição. É uma decisão com a qual não estou de acordo e vou contestar e utilizarei os meios legais ao meu dispor", afirmou José Sócrates.

O principal arguido da Operação Marquês vai falar com o advogado e tenciona recorrer para um "tribunal superior", questionando a decisão das juízas do Tribunal da Relação em matéria de substância.

"Na fase de instrução ficou provado que as alegações do Ministério Público eram falsas. Não ficou apenas, como foi decidido pelo juiz de instrução, provado que não havia indícios... Não, pelo contrário. Foram recolhidos contra-indícios que mostraram que as alegações que diziam respeito ao TGV, à OPA da Sonae... eram falsas. Agora as três juízas da relação recuperam-nas e dizem que estão indiciadas", argumenta José Sócrates.

O antigo primeiro-ministro considera que as juízas da Relação pronunciam-no por "crimes mais graves do que a acusação" e "não podem fazer isso", sustenta.

José Sócrates será julgado corrupção no âmbito da Operação Marquês, um dos crimes que tinha caído na fase de instrução, anunciou esta quinta-feira o Tribunal da Relação de Lisboa. O recurso do Ministério Público sobre a decisão instrutória do juiz Ivo Rosa foi decidido esta quinta-feira contra o antigo primeiro-ministro, entre 2005 e 2011,.

José Sócrates vai responder em julgamento por três crimes de corrupção passiva, 13 de branqueamento e seis de fraude.

Carlos Santos Silva, empresário e amigo de José Sócrates, vai ser julgado por 23 crimes, dois de corrupção, 14 de branqueamento de capitais e sete de fraude fiscal.

O Tribunal da Relação de Lisboa também decidiu que o ex-banqueiro Ricardo Salgado vai ser julgado por três crimes de corrupção e oito crimes de branqueamento, no âmbito da Operação Marquês.

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