O que são e para que servem as estatísticas?
21 out, 2013 • Filomena Barros e Olímpia Mairos
O cidadão comum tem dificuldade em interpretar dados estatísticos, apesar de quase todos os dias ser informado sobre as estatísticas. Mas há uma que preocupa mais: a da baixa de natalidade.
A presidente do Instituto Nacional de Estatística, Alda Carvalho, dz que existe um défice de literacia estatística em Portugal
O alerta é lançado no dia em que o INE promove um seminário subordinado ao tema “Para que servem as estatísticas? E que uso diário lhes damos?”, uma iniciativa que se enquadra no Ano Internacional dedicado à ciência que se dedica à recolha, análise e interpretação de dados.
A informação pode incluir quase tudo o que diz respeito ao dia-a-dia das pessoas, afirma a presidente do INE, Alda Carvalho, apesar de reconhecer que há um défice de conhecimento na interpretação das estatísticas.
A informação económica é a mais consultada no portal do INE, mas os investigadores solicitam, sobretudo, os dados demográficos.
Para o cidadão comum, o acesso às estatísticas surge através da comunicação social. Não é preciso saber muito de matemática, mas é preciso saber o que dizem os números.
Todos os anos, o INE cumpre o calendário de divulgação estatística nacional e o que resulta dos regulamentos europeus. Os dados são divulgados dentro do prazo, mesmo que surjam críticas quanto ao desfasamento.
Alda Carvalho admite que não há margem de manobra nos prazos e também vai dizendo que os cortes no orçamento do Instituto não podem comprometer o calendário estatístico.
“Toda a gente devia andar informada”
A definição de estatística pode não ser a mais científica, mas os portugueses entrevistados pela
Renascença mostram interesse pela informação que lhe é transmitida por números.
E há estatísticas que preocupam muito: “a da falta de população”, “porque os meus filhos já não vão ter quem desconte para a Segurança Social, para eles receberem a reforma”, referem duas cidadãs.
Uma reportagem para ouvir em áudio.