O vice-presidente do Benfica, Domingos Almeida Lima, garantiu, esta sexta-feira, que o clube da Luz está "muito atento" a eventuais manobras de bastidores que possam ser encetadas com o intuito de prejudicar a equipa na corrida pelo inédito "tetra". E não foi particularmente meigo no remate final da ideia: "Estamos no oeste, mas não no faroeste".

O "número dois" de Luís Filipe Vieira fez uso da palavra, durante a inauguração das novas instalações da Casa do Benfica das Caldas da Rainha, em virtude da suspensão que Luís Filipe Vieira ainda cumpre.

"Estamos na recta final do campeonato. Agora, é tempo de centrar a atenção mais do que nunca na conquista do histórico 'tetra', na conquista da Taça de Portugal e nas conquistas das outras modalidades desportivas. E, nesta fase final da época, queremos deixar bem claro, repito, bem claro, que estamos muito atentos, fazemos o nosso trabalho, mas exigimos respeito, damos tudo em campo, mas exigimos que nada exterior à competição impeça a verdade desportiva", afirmou Almeida Lima, perante algumas centenas de sócios e adeptos encarnados e o próprio Luís Filipe Vieira.

"Num tempo em que o que importa é o presente e o futuro, desenganem-se aqueles que ambicionam um regresso ao passado", prosseguiu, referindo-se, de forma indirecta, às "pressões" que têm vindo a ser exercidas sobre a arbitragem.

"Um passado de apitos, pressões e afins incompatíveis com os dias de hoje", frisou, ampliando o alcance das suas palavras.

"Temos assistido diariamente a pressões de diversos tipos. Desde invasões a centros de treinos de árbitros, a ameaças nas redes sociais, declarações públicas para que não mostrem cartões amarelos a jogadores em vésperas de jogarem contra o Benfica. E, nestes últimos dias, ao cúmulo de um responsável insinuar e exigir a necessidade de que um nosso craque seja impedido de jogar o clássico que se aproxima. O acumular de loucuras de investimento, de sucessivos prejuízos e de insucessos desportivos não pode justificar tanto desespero. Quem é grande já não depende de um qualquer resultado circunstancial", disparou, lamentando que Vieira não se possa pronunciar.

"Hoje, voltamos a ter aqui um exemplo do que é impensável. O nosso presidente continua a não poder falar por um desabafo privado, e, perante sucessivos insultos, insinuações, declarações públicas de toda a espécie, ver a justiça parada e as instituições paralisadas torna a ausência de castigos um favtor de grande descrédito para esta indústria", salientou.