Crédito Pessoal: porquê? Para quê?
O crédito pessoal pode ser a chave para concretizar os seus sonhos e projetos, uma vez que se pode financiar na exata medida das suas necessidades, seja para estudar, casar, remodelar a casa, fazer face a qualquer imprevisto da vida ou fazer aquela viagem há tanto planeada.
Quando faz o crédito pessoal tem de se expor e dizer qual a finalidade?
Só tem vantagens se o fizer, porque a taxa de juro pode variar em função da finalidade. Isto acontece porque um dos critérios que regula o crédito pessoal é o valor das taxas de juro máximas, e a TAEG (Taxa Anual de Encargos Efetiva Global) não pode ser superior ao valor fixado pelo Banco de Portugal. Por isso, se o destino do crédito for financiar estudos, pagar despesas de saúde inesperadas ou colocar painéis solares em casa, a taxa máxima será, em princípio, mais baixa que a aplicável a outras finalidades de crédito.
Há valores máximos e mínimos para este tipo de créditos?
Sim, mas o intervalo entre os dois é bastante alargado.
Ao valor financiado temos ainda de acrescentar a taxa de juro – que pode ser fixa ou variável – e o spread. E, regra geral, as instituições de crédito exigem a subscrição de um seguro de vida. Falta ainda somar a comissão de abertura, que é cobrada por algumas instituições de crédito, e o imposto do selo. Ou seja, deve olhar sempre para o MTIC.
Quanto tempo tem para pagar o crédito?
No máximo, pode ir até 10 anos.
Se deixar de precisar do empréstimo, ou conseguir o valor em falta, é possível negociar com o banco?
Sim. Se desistir até 14 dias desde a sua assinatura, só tem de devolver o dinheiro e pagar os juros no prazo de 30 dias.
Se conseguir reunir o valor em falta antes do final do contrato, pode amortizar a dívida. Só tem de informar o banco com, pelo menos, 30 dias de antecedência.
Como evitar correr o risco de se endividar demais?
As regras de ouro ao fazer um crédito pessoal são medir o impacto da prestação mensal no seu orçamento, uma vez que este valor se irá manter durante um período de tempo prolongado, e limitar os créditos às quantias que realmente precisa. A taxa de esforço nunca pode ser superior a 50%. Por isso, antes de decidir, compare as várias opções de modo a contratar o crédito mais adequado às suas necessidades mas também às suas possibilidades. E deve exigir esse aconselhamento ao seu banco.
É preciso dar alguma garantia ao banco?
Não, mas o banco fará sempre a sua análise.
Tem sempre de demonstrar que consegue honrar o compromisso de pagamento, por isso, o banco vai avaliar a taxa de esforço – em que é considerada a relação entre o rendimento mensal do agregado e as suas despesas de natureza pessoal e familiar, além das prestações com créditos – e a estabilidade dos rendimentos.