11 out, 2018 - 15:31
Bruno de Carvalho, ex-presidente do Sporting, diz estar de "consciência tranquila" em relação ao ataque em Alcochete, em maio.
O presidente destituído apresentou-se no Departamento de Investigação e Ação Penal (DIAP), por iniciativa própria, para prestar declarações em relação à investigação sobre o ataque que despoletou a rescisão de nove jogadores.
O advogado José Preto, confirmou, em declarações à imprensa, que o ex-presidente não foi ouvido e que foi entregue um requerimento para Bruno de Carvalho prestar declarações em breve.
BdC reiterou ainda que não é arguido no processo e nega ter recebido qualquer "mandado para ser inquirido".
"Vim mostrar minha disponibilidade. Quando for preciso falar, eu vou. Não tive conhecimento absolutamente nenhum a não ser quando me vieram avisar no escritório do que tinha acontecido, e fui para a Academia. Só soube depois do ataque acontecer", disse.
José Preto, advogado do presidente destituído, explicou os motivos que levaram Bruno de Carvalho a comparecer no DIAP:
"Viemos esclarecer e pôr tudo em pratos limpos, mas não fomos ouvidos por ninguém. O procurador explicou que os autos não estavam presentes, pelo que não era possível prestar declarações".
O mandatário do presidente destituído explicou que voltará ao Departamento Central de Investigação e Ação Penal quando "for notificado" e recusou a ideia de um mandado de captura ao ex-presidente, que "seria ilegal".
Sobre a prisão preventiva aplicada ao antigo oficial de ligação aos adeptos, Bruno Jacinto, José Preto diz que não está informado: "Não sou o mandatário do senhor que foi preso e não faço ideia das condições".