23 dez, 2019 - 13:28
A saída de Ricardo Sá Pinto do Sporting de Braga elevou para nove as chicotadas na I Liga. O presidente da Associação Nacional de Treinadores está surpreendido com a saída de Sá Pinto e com todas as anteriores mudanças de treinador. “É uma surpresa. É a demonstração inequívoca da prepotência e incompetência dos nossos dirigentes. Não é admissível que aconteçam estas situações com esta frequência e falta de respeito para com os próprios treinadores. Os dirigentes fazem os contratos no início da época com grande pompa e circunstância e depois de forma desrespeitosa acabam por tomar estas posições que nada os dignificam”, acusa José Pereira, em entrevista a Bola Branca.
Sá Pinto chegou a Braga no último Verão. Qualificou a equipa para os dezasseis-avos de final da Liga Europa e para a “final four” da Taça da Liga. No campeonato, Sá Pinto deixa a equipa no oitavo lugar com 18 pontos em 14 jornadas, a seis pontos do quarto lugar.
Uma época a atingir os objectivos e que em nada justificariam uma chicotada, sublinha José Pereira. “Antes do Natal não há justificação possível para este tipo de atitudes. Só pessoas com pouca decência podem tomar decisões desta natureza. A época ainda vai a meio e estas atitudes não dignificam o futebol nem os dirigentes”.
O ritmo sem travão das chicotadas psicológicas no futebol português, incomodam o presidente da Associação Nacional de Treinadores. “São ditaduras que se verificam nestes clubes e desprestigiam o futebol. Não faz sentido que não haja respeito pelos treinadores. Os treinadores são reconhecidos internacionalmente e no próprio país mas que por algumas pessoas não têm valor nenhum. É ridículo”, afirma José Pereira.