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Coronavírus

Ministra da Saúde avisa: reabertura gradual não é o fim do dever de confinamento

01 mai, 2020 - 14:08 • Inês Braga Sampaio

Marta Temido salienta que a pandemia do novo coronavírus não se foi embora e que o incumprimento do recolhimento domiciliário continuará a constituir crime de desobediência.

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A ministra da Saúde alerta que o levantar do estado de emergência, e de algumas medidas restritivas, não significa que os portugueses possam, a partir de segunda-feira, sair à rua como se a pandemia do novo coronavírus não existisse. Não cumprir o dever cívico de recolhimento domiciliário continua a constituir um crime de desobediência.

Na conferência de imprensa de atualização da situação pandémica em Portugal, esta sexta-feira, Marta Temido sublinhou que "o recolhimento domiciliário mantém-se como um dever cívico", apesar de o Governo ter optado por um apelo, em vez de uma ordem, para que os cidadãos permaneçam em domicílio, "exceto para deslocações autorizadas".

"O ambiente em que entramos, na passagem do estado de emergência para o estado de calamidade, implica algum alívio de algumas medidas, mas não se espera que, na segunda-feira, os portugueses saiam à rua como se não estivéssemos debaixo de uma situação epidémica que temos de continuar a manter contida", enfatizou.

Relativamente ao incumprimento de orientações da Direção-Geral da Saúde e das autoridades de saúde, a ministra lembrou que "as autoridades de saúde pública têm um poder de autoridade que tem de ser respeitado". Nesse sentido, as orientações em causa "mantêm-se com o enquadramento de incumprimento, de desobediência a uma autoridade", pelo que a sua violação será punida em conformidade.

Marta Temido fez questão de reforçar o discurso do primeiro-ministro, com a garantia de que, se o descer de nível de alerta começar a correr mal, o Governo não terá "vergonha ou rebuço" de dar um passo atrás:

"Este roteiro respeita a previsão de evolução futura da epidemia num contexto favorável. Se o contexto for mais favorável, podemos andar mais depressa, mas se for menos favorável, andaremos mais devagar."

O dever de cada um e as máscaras


A ministra da Saúde lembrou que compete a cada um "preparar as condições sanitárias para que aqueles que vão regressar ao seu local de trabalho o façam com a maior segurança tranquilidade possíveis".

"Compete-nos a todos, também, não os colocar em riscos adicionais pelo nosso comportamento individual. Queremos trilhar um caminho sustentado e seguro. Fica o apelo ao dever cívico de recolhimento e de cumprimento das regras. O país está mais pronto agora e precisa de iniciar a reativação faseada e acompanhada da sua vida económica e social. Esse sucesso depende de nós", completou a governante.

Uma das medidas importantes para tal é o uso obrigatório de máscara comunitária em transportes públicos. Coloca-se, portanto, a questão da disponibilidade das máscaras nas várias superfícies comerciais.

"Temos feito todos os esforços, quer a nível da importação, quer a nível da produção nacional, no sentido de disponibilizar estes equipamentos de proteção individual. Algumas grandes superfícies já têm máscaras comunitárias disponíveis. Já muitas farmácias têm na porta anúncios que dizem 'vendemos máscaras e gel'. A nossa expectativa é conseguirmos manter o abastecimento constante destes equipamentos de proteção individual", assumiu a ministra da Saúde, Marta Temido.

Em Portugal, a Covid-19 já fez 1.007 mortes, entre as 25.351 infetadas, segundo o balanço da Direção-Geral da Saúde desta sexta-feira.

Comentários
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  • Filipe
    01 mai, 2020 évora 15:59
    Crime de desobediência ? Então venham lá eles todos os capangas meter na prisão gente que querem comprar roupa , ir ao cabeleireiro ... ir ao café , ao restaurante , levar os filhos às creches e escolas ... etc ? Mas afinal querem dever de confinamento e abrem tudo ? Mandaram quase 2.000 criminosos para fora da prisão e agora andam a arranjar tachos para advogados e justiça com estes alegados crimes de desobediência , venham lá eles todos !

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