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Pandemia de Covid-19

Há "esperança" no Remdesivir, apps não devem substituir "trabalho no terreno"

04 mai, 2020 - 18:42 • Redação com Reuters

Organização Mundial de Saúde fala em "sinais de esperança" face aos resultados dos últimos ensaios clínicos com o medicamento experimental em doentes Covid-19.

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A Organização Mundial de Saúde sublinhou esta segunda-feira que apps de rastreio da Covid-19 e outros instrumentos tecnológicos de combate à pandemia não podem nem devem substituir o "trabalho no terreno" de vigilância e monitorização do novo coronavírus, numa altura em que vários países, incluindo Portugal, começam agora a avançar com um desconfinamento gradual.

"Queremos mesmo enfatizar que os intrumentos de tecnologias de informação não substituem o trabaho básico de saúde pública de que vamos precisar para rastrear, testar, isolar e pôr em quarentena" casos suspeitos de infeção por Covid-19, disse Mike Ryan, especialista da OMS em emergências, na conferência diária da organização por vídeochamada, a partir de Genebra.

Ao longo da conferência, Ryan sublinhou por várias vezes a importância da epidemiologia de proximidade, aplaudindo o sucesso dessa estratégia em países como Singapura e a Coreia do Sul.

Neste momento, vários países estão a aliviar algumas das restrições impostas até agora para conter a pandemia de Covid-19, numa tentativa de relançar as suas economias.

Neste contexto, antecipa-se que as aplicações de rastreio da Covid-19 venham a desempenhar um papel importante na detetação e identificação de novos casos e na delimitação e contenção de novos surtos do novo coronavírus.

Remdesivir apresenta resultados promissores

Depois de há alguns dias a OMS se ter recusado a comentar os novos resultados de ensaios com o medicamento experimental Remdesivir em casos graves de Covid-19, hoje o especialista em emergências da organização congratulou-se com os "sinais de esperança" saídos desses ensaios clínicos.

"Há sinais de esperança quanto ao potencial uso" do Remdesivir, adiantou Mike Ryan, depois de, na sexta-feira passada, a autoridade do medicamento dos EUA ter dado luz verde à utilização deste medicamento em doentes Covid-19.

O medicamento experimental começou a ser desenvolvido em 2014 pela empresa norte-americana Gilead, para potencial uso no combate ao ébola.

Na mesma conferência desta segunda-feira, o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, voltou a pedir ao mundo que se una para derrotar o novo coronavírus.

"O vírus vai estar connosco durante muito tempo e temos de nos unir para desenvolver e partilhar ferramentas que o derrotem. Sairemos vitoriosos através de união nacional e solidariedade global", sublinhou Ghebreyesus.

O responsável da OMS também anunciou que já foram reunidos 8 mil milhões de dólares (7,4 mil milhões de euros) em donativos a nível global para combater a pandemia.

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