06 mai, 2020 - 11:45 • Marina Pimentel
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A Comissão Distrital da Proteção Civil de Santarém quer que o Governo proíba as pessoas de saírem do seu concelho de residência, nos dias 12 e 13 de Maio, à semelhança do que foi feito na Páscoa e para o 1º de Maio.
Em declarações à Renascença, o presidente da estrutura, Miguel Borges, explicou que o que pretendem "não é uma cerca sanitária em redor de Fátima, para impedir a passagem de peregrinos". "Mas que quem decida lançar-se ao caminho seja barrado pelas forças policiais, logo no início da viagem”, como aconteceu durante o estado de emergência.
Miguel Borges, presidente da Câmara Municipal do Sardoal e presidente da Comissão Distrital de Santarém da Proteção Civil, defende que "a resolução que declara o estado de calamidade já deveria bastar para dissuadir os crentes de ir até Fátima, porque a participação em cerimónias religiosas não constituiu uma exceção ao dever cívico de recolhimento”.
E além disso, há os apelos que têm sido feitos, quer pelo Reitor do Santuário quer pelo Bispo de Leiria Fátima, para que os peregrinos este ano fiquem em casa. No entanto, Miguel Borges adverte que “já há tentativas de reserva nos hotéis de Fátima. E há mesmo quem se tenha já lançado ao caminho.”
O presidente da Comissão Distrital de Santarém da Proteção Civil adverte que "se saírem quatro peregrinos do Porto, outros tantos de Coimbra, cinco de Bragança, quatro do Sardoal e dez de Faro poderemos ter um problema grave de saúde pública” em Fátima.
Miguel Borges conclui, dizendo que o que se pretende é apenas e só "proteger as pessoas para que não se ponham ao caminho”.