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Atividade não urgente em hospitais da região de Lisboa deverá ser retomada na próxima semana

15 jun, 2020 - 15:34 • Inês Rocha

Utilização de cuidados de saúde na região "está estável e com tendência decrescente", afirma a ministra da Saúde.

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Os hospitais de Lisboa e Vale do Tejo deverão poder retomar cirurgias e consultas não urgentes já na próxima semana, avançou a ministra da Saúde, Marta Temido, em conferência de imprensa.

Segundo a ministra, apesar de o número de novos casos diários se manter "persistentemente na casa dos 200 a 300", "a observação dos números de atendimento em cuidados de saúde primários e de internamento covid-19 nas áreas hospitalares mostra que e utilização está estável e com tendência decrescente".

Assim, a retoma desta atividade na próxima semana é algo que "se prevê e deseja", afirmou Marta Temido.

No dia 6 de junho, o governo voltou a suspender a atividade não urgente nos hospitais de Lisboa, Amadora, Sintra, Loures e Odivelas, devido à concentração de casos de covid-19.

"Não vale a pena aplicar medidas generalistas quando os focos são concretos"

Sobre a possibilidade de o desconfinamento levar a um novo aumento de casos, a ministra da Saúde afirmou que o Governo irá pensar em medidas de "maior confinamento" caso os números se tornem preocupantes - caso o número de óbitos volte a aumentar para várias dezenas, se o Risco de Transmissão (RT) for superior ao atual e se a procura no Serviço Nacional de Saúde aumentar muito.

No entanto, neste momento, a ministra considera que "não vale a pena aplicar medidas generalistas, quando os focos são muito concretos".

Marta Temido lembra ainda que o país deve pensar também nos efeitos económicos do confinamento ao ponderar as medidas a tomar.

Para os próximos tempos, a ministra da Saúde diz que a prioridade é "proteger os mais frágeis" e garantir que o sistema de saúde tem capacidade de resposta para fazer frente a uma "prova de inverno".

"A instalação de ventiladores e a ampliação dos cuidados intensivos têm de se manter para a prova de inverno, onde pode confluir a gripe e a covid, caso não haja ainda vacina", disse aos jornalistas.

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