09 jun, 2025
A vitória épica alcançada ontem por Portugal na final da Taça das Nações fica a marcar um capítulo muito importante na história do futebol português.
E há bastas razões para que isso aconteça: desde logo porque o adversário finalista era a Espanha, potência mundial e de nível superior aos vizinhos lusitanos, e depois porque havia em Portugal muita gente a lançar o descrédito sobre a selecção e, sobretudo, por quem tinha a pesada responsabilidade de por ela responder aos níveis mais diversos.
E há várias razões para assim pensar: basta ter ouvido e ainda continuar a ouvir aqueles que Roberto Martinez considera autores de opiniões maliciosas, um pensamento em que tem sido também acompanhado por aquele que é, há muitos anos, a figura principal da selecção, em particular, e do futebol português de um modo mais abrangente, Cristiano Ronaldo de seu nome.
O que aconteceu ontem à noite em Munique fica para a história.
A selecção portuguesa acreditou sempre, mesmo nos momentos em que nem tudo corria bem, e nunca deixou de lado a ideia de que seria possível levar de vencida a forte representação espanhola.
E assim foi. Os portugueses conseguiram reagir por duas vezes a um resultado que não lhes era favorável, e depois, no prolongamento a que foi necessário recorrer, e durante o qual aguentaram a pressão espanhola, aí já claramente em fase decrescente, chegando depois às grandes penalidades para a decisão final que faltava.
Aí foram mais competentes os escolhidos por Roberto Martinez, tornando-se assim possível conquistar o troféu, que pareceu quase sempre tão distante ao longo do desafio.
É que a selecção espanhola tem qualidade superior, e vinha de um palmarés invejável, ou seja, vinte e sete jogos consecutivos sem conhecer a derrota.
É a segunda vez que Portugal conquista a Liga das Nações, sendo agora a selecção com mais vitórias na curta vigência da jovem competição da UEFA
A partir daqui as atenções viram-se para o próximo Campeonato do Mundo, no qual a nossa selecção vai tomar parte sob o comando de Roberto Martinez.
Os maldizentes terão assim de aguardar mais algum tempo pelo despedimento do seleccionador nacional.