14 abr, 2025 • Filipa Ribeiro
Miguel Poiares Maduro reconhece a crítica e também considera que o programa eleitoral da AD chega a ser "otimista demais". O social-democrata encontra, no entanto, semelhanças entre o programa da AD e do Partido Socialista.
No programa Conversa de Eleição da Renascença, Miguel Poiares Maduro alinha PS e PSD no foco sobre os rendimentos e defende que "o salário médio (de dois mil euros anunciado pela AD) é um desejo" e não uma medida.
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Já o socialista Fernando Medina considera que a evolução da economia e as receitas previstas pela AD "não parecem prováveis" e "muito menos" que tenha existido "uma abordagem prudente", tendo em conta o "ciclo com dificuldades acrescidas" como o atual.
No Conversa de Eleição desta semana, Miguel Poiares Maduro coloca ainda a AD numa posição favorável para a vitória nas eleições legislativas de 18 de maio.
O social-democrata lembra que há estudos que demonstram que em casos de interrupção de um ciclo político que começou recentemente "as pessoas tendem a dar uma segunda oportunidade". O antigo ministro Adjunto e para o Desenvolvimento Regional sublinha que o atual contexto de incerteza é "o ambiente favorável para se favorecer o cenário de estabilidade" e que, por isso, a AD parece estar mais bem posicionada.
Sobre os debates televisivos, Fernando Medina acredita que Luís Montenegro pode estar a ter alguma influência na queda das audiências, o que mostra pouco interesse dos eleitores. O antigo ministro socialista considera que o primeiro-ministro "tem alguma responsabilidade", não sendo a principal causa para a queda das audiências.
O socialista considera que, para o primeiro-ministro, não será "positivo" o facto de não estar presente em alguns debates e por vestir apenas o fato de chefe do Governo para dizer: "eu sou o primeiro-ministro e depois estão os outros".
Num olhar para o exterior, Fernando Medina e Miguel Poiares Maduro defendem que a postura de Donald Trump só contribui para o aumento da instabilidade e que será já tarde para se resolver os problemas causados. O painel do Conversa de Eleição acredita que a suspensão de 90 dias nas tarifas, anunciada pelo Presidente dos Estados Unidos, só servirá para Trump encontrar um discurso "heroico".