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Opinião

Leipzig-Sporting. O problema que Rui Borges tem para resolver

23 jan, 2025 • Afonso Cabral* • Opinião de Afonso Cabral


O treinador e comentador Bola Branca Afonso Cabral explica como complicaram a vida ao Sporting o futebol e os movimentos de Xavi Simons.

A derrota frente ao Leipzig colocou o Sporting a precisar de pontuar, salvo em situação altamente improvável, para seguir para os playoffs da Liga dos Campeões. Os zero pontos do Leipzig serviram apenas para enganar os mais desatentos porque o jogo não se avizinhava fácil.

Um calendário áspero deixou os alemães na impossibilidade de à penúltima jornada seguirem em frente, mas jogadores como Raum, Simons, Sesko, Openda ou Baumgarter eram motivos de preocupação suficiente.

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As mexidas melhoraram os leões, mas nos primeiros 45’ houve um problema que se tornou demasiado evidente para Rui Borges contornar. Resultou num golo, podia ter resultado em dois, não fosse Openda partir de posição irregular quando importunou Fresneda no depois invalidado golo a Raum.

Simons

Em teoria, as duas equipas partiam num 4-4-2. Espelhavam-se por isso no momento sem bola, e tudo se tornava individual na marcação. Porém, o neerlandês ex-Barcelona e PSG, cumprindo ordens de Marco Rose, tinha outra ideia. Essa alteração pontual significou inúmeros problemas para Fresneda, Geny e a dupla de meio-campo leonina.

Em cima percebe-se o posicionamento de Xavi Simons bem por dentro a confundir toda a teia montada por Rui Borges. Procurou as costas dos médios aproveitando a ineficácia de Trincão e Harder em proteger o corredor central – a bola entrou em Haidara (o médio mais recuado) mais vezes que o treinador transmontano terá gostado de certeza.

E isto levou a dois problemas…

A bola chegava ao médio do Leipzig, obrigava um dos médios do Sporting a pressionar e Simons, de forma lesta, procurava-lhes as costas. O Leipzig construiu muitas vezes a procurar apoios frontais pelo corredor central aproveitando esta superioridade.

Outra coisa importante foi o posicionamento de Openda (PL), que muitas vezes se aproximou de Fresneda, bloqueando-lhe as intenções de perseguir Xavi Simons. Isto fez com que no meio o Leipzig tivesse um homem livre.

Outra repetição foi a construção pelo corredor direito para libertar Raum pela esquerda. E aqui quota parte de culpas para Catamo que não baixou muito e desprotegeu o corredor direito do Sporting.

É Raum que aparece sozinho para a assistência no primeiro golo – movimento de ruptura em oposição à aproximação do extremo esquerdo Simons – e Geny a não acompanhar o homem. A situação podia ser resolvida também com comunicação entre Fresneda e Geny, que se trocassem de homem não tinham de percorrer tantos metros.

Não explica tudo, é certo, mas por aqui se desenhou a desvantagem leonina.

Comentários
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  • JS
    23 jan, 2025 AMADORA 10:52
    Era de um treinador destes que precisávamos...!