22 abr, 2020 • Celso Paiva Sol , Cristina Nascimento
O eurodeputado social-democrata Paulo Rangel não poupa críticas ao presidente da Assembleia República Ferro Rodrigues a propósito das comemorações do 25 de abril no Parlamento.
No espaço de debate da Renascença "Casa Comum", Rangel afirmou que concorda com a celebração da data na Assembleia da República, mas não concorda com a forma como o assunto foi conduzido por Ferro Rodrigues.
"Se as pessoas forem a Fátima e estiverem lá 100 pessoas ou 300 ou se quiser 1.500 no recinto, há uma distância física de quatro e de cinco metros. As pessoas são disciplinadas e sabem-se comportar. A questão é uma questão de respeito por todos e isso não aconteceu", considerou Rangel.
"Ferro Rodrigues não está à altura do cargo, nunca esteve, nunca foi imparcial, como foi Jaime Gama ou Almeida Santos ou Mota Amaral. E desta vez falou com uma pesporrência que é totalmente anti democrática. Ele julga-se o dono da democracia, mas não é, está muito enganado", acrescenta o social-democrata.
Sobre este tema, o socialista Francisco Assis também concorda que se assinale no Parlamento o 25 de abril, mas vê razão para a discussão que se instalou.
"Querer agora cavar aqui um fosso entre grandes defensores do 25 de abril e adversários do 25 de abril em torno disso é ridículo e é grave".
Os dois comentadores da Renascença olharam ainda para o pacote de ajuda aos Estados-Membros por causa do coronavírus que vai estar em debate no Conselho Europeu e analisaram ainda o difícil cenário económico que Portugal vai enfrentar, bem como a prestação de Rui Rio, como líder da oposição.