07 abr, 2025 • Filipa Ribeiro
Na estreia do programa "Conversa de Eleição", da Renascença, Fernando Medina defende que a guerra comercial iniciada por Donald Trump está a motivar o avanço "para um contexto global que pode resultar em recessão" e admite que Portugal pode vir a ter "que tomar medidas de emergência".
O antigo ministro das Finanças do PS diz que o Governo tem que estar em "alerta" sobre a matéria e avisa os partidos que se preparam para as eleições legislativas de maio para o contexto "mais adverso" que se aproxima.
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Fernando Medina considera que os planos já adiantados pela AD e o programa eleitoral apresentado pelo PS "são exatamente iguais" do ponto de vista financeiro e rejeita a ideia de existir "um programa mais despesista".
No programa Conversa de Eleição, Fernando Medina diz ainda ter "dúvidas de que algum dos programas possa ser cumprido" tendo em conta a incerteza que existe a nível internacional.
Sobre as tarifas de Donald Trump, Miguel Poiares Maduro alerta para o risco que representam, não só para os Estados Unidos como para o resto do mundo. O social-democrata considera que o eventual apoio a empresas portuguesas deve ser decidido a nível europeu e que a União Europeia deve responder a Donald Trump "com medidas mais selecionadas" e "refletir" sobre uma resposta conjunta com a China, o Canadá e a Coreia do Sul.
Quanto aos programas eleitorais, o social-democrata espera que a AD opte por medidas "que evitem" o défice previsto para 2026.
Noutro plano, Miguel Poiares Maduro considera, apesar de pertencer ao PSD, que ações como o Conselho de Ministros da semana passada no Mercado do Bolhão "devem ser evitadas". O social-democrata defende que a situação "não é nova e que todos os Governos têm uma certa tentação para o fazer".
Miguel Poiares Maduro acredita que "do ponto de vista legal não haja uma violação do dever de neutralidade", uma vez que quem chamou militantes para a ação foi o partido e não o Governo.
O social-democrata e antigo ministro Adjunto e do Desenvolvimento Regional considera que, "por não ser novidade", os eleitores não ficam confundidos com ações deste género.
No Conversa de Eleição, Miguel Poiares Maduro defende que o PSD devia "ter dado mais tempo" a Hernâni Dias para o integrar nas listas de candidatos, enquanto que Fernando Medina justifica que se ausentou das listas do PS por uma decisão pessoal e por "tempo indeterminado".