28 fev, 2020 • José Bastos
As divergências sobre o quadro financeiro europeu para o período 2021-2017 estão por superar e continuam a ser expressivas.
Há dois grupos bem definidos. De um lado, os países a defender um quadro financeiro plurianual com mais dinheiro e a continuidade nos fundos agrícolas e de coesão para as regiões mais pobres. Entre eles Portugal, Espanha e os países do leste europeu. Do outro lado estão os países “frugais”, Países Baixos, Suécia, Dinamarca e Áustria, a negar compensar o buraco deixado pelo Brexit.
O fracasso da União Europeia, a semana passada, na sua tentativa de fechar o primeiro orçamento comum sem o Reino Unido é também um marco simbólico sobre as diferenças sobre a amplitude do novo impulso a conferir à União Europeia.
Com mais prioridades e menos contribuintes os líderes europeus tentam a quadratura do círculo. A saída do Reino Unido, potência económica e militar, representa uma perda de 12 mil milhões de euros anuais para uma União Europeia com novas ambições climáticas e militares a somar aos temas tradicionais.
Muito para além dos milhões de euros a União Europeia terá de decidir o ritmo a adoptar depois de várias crises e num contexto mundial em que os Estados Unidos pressionam na frente comercial e a China e Rússia são fontes de inquietação em vários domínios da economia à segurança.
Álvaro de Vasconcelos, especialista em geopolítica, fundador do Instituto de Estudos Estratégicos e Internacionais de Lisboa e antigo diretor do Instituto de Estudos de Segurança da União Europeia percorre no Decidir Europa os desafios do momento na UE.
Este conteúdo é feito no âmbito da parceria Renascença/Euranet Plus – Rede Europeia de Rádios. Veja todos os conteúdos Renascença/Euranet Plus.