29 jan, 2025 • Pedro Mesquita
O tiro de partida de Ursula von der Leyen, na corrida da competitividade, é o relatório apresentado por Mario Draghi, com a presidente da Comissão Europeia a detalhar agora, um pouco mais, a estratégia dos 27 para correr, ombro a ombro, com as economias mais desenvolvidas do mundo.
E, como explica à Renascença Sofia Moreira de Sousa, a representante da Comissão Europeia em Portugal, a ideia é ganhar terreno na área da inovação, descarbonizar, sem perder competitividade e aumentar a segurança económica, reduzindo, para tal, a dependência europeia de terceiros.
É uma estratégia com três pilares, explicada por Sofia Moreira de Sousa, a representante da Comissão Europeia em Portugal.
"A presidente (da Comissão Europeia) pretende aumentar o nível de competitividade da Europa. Elencou três pilares principais, que já estavam até refletidos também no relatório Draghi: Colmatar o fosso em matéria de inovação. Não só na inteligência artificial, mas em muitas outras áreas em 'quantum computing', na área espacial, na área também da energia. Este é um pilar muito importante.”
Bruxelas
Presidente da Comissão Europeia apresentou a estra(...)
“O segundo pilar, é o pilar conjunto para a descarbonização e para a competitividade, capitalizando no 'Green Deal', na transição verde. Sem abdicarmos das metas que foram estabelecidas, para conseguirmos ter uma indústria europeia que polua menos, obviamente, mas que consiga também ser competitiva...e ser, precisamente, competitiva por isso mesmo. E depois, um outro pilar, que é aumentar a nossa segurança económica e reduzir as dependências de terceiros, e já muitos deles provaram que não são fiáveis".
Mas não será toda esta estratégia um tiro no escuro? Donald Trump promete uma política económica agressiva, e há uma palavra que vai repetindo à exaustão: tarifas, tarifas, tarifas.
Ainda assim, a representante da Comissão Europeia em Portugal, Sofia Moreira de Sousa, garante que esta nova estratégia europeia, apresentada por Ursula von der Leyen, não vai ficar desorientada a breve prazo: "não vai ficar desorientada, e é precisamente para isso que a bússola cá está”.
“Nós temos os instrumentos de que necessitamos para avançar. E há outra coisa que eu gostava de dizer: muito se fala, agora, das decisões dos Estados Unidos, mas não nos podemos esquecer que, nestes últimos dias, a União Europeia fechou tratados comerciais com o México, com a Suíça, com o Mercosul e temos uma série de outros parceiros que querem avançar nas negociações com a União Europeia", sublinha Sofia Moreira de Sousa.