Siga-nos no Whatsapp
Explicador Renascença
As respostas às questões que importam sobre os temas que nos importam.
A+ / A-
Arquivo
Telecomunicações mais caras. Por que é que os preços voltam a aumentar?
Ouça o Explicador Renascença

Explicador Renascença

Telecomunicações mais caras. Por que é que os preços voltam a aumentar?

01 fev, 2024 • André Rodrigues


As operadoras introduziram novas cláusulas, seja nos novos contratos, seja nas renegociações. Essas cláusulas incluem atualizações anuais dos preços com base na taxa de inflação e excluem a possibilidade de rescisão do contrato sem custos.

As telecomunicações ficam mais caras a partir desta quinta-feira.

Trata-se de um aumento que ronda os 4% e na próxima fatura a diferença já se fará sentir.

O Explicador Renascença refere o que está por trás de mais um aumento dos preços.

O que é que justifica esta medida?

Este aumento baseia-se no índice de preços no consumidor, do Instituto Nacional de Estatística (INE). Aquilo que está previsto é que as operadoras MEO, NOS e Vodafone aumentem os seus tarifários até 4,3%. É a atualização que vigora a partir desta quinta-feira.

Para se ter uma ideia, numa fatura mensal de 65 euros - tendo em conta o pacote base de uma das operadoras - o aumento ronda os 2 euros e 80 cêntimos todos os meses.

Ao final de um ano, são mais 33 euros.

O aumento do ano passado foi pelas mesmas razões?

No ano passado, a atualização foi de 7,8% - mais expressiva do que aquela que entra hoje em vigor. Somados estes dois aumentos, entre 2023 e 2024, a fatura das telecomunicações teve uma subida da ordem dos 12%.

Em 2023, as três maiores operadoras justificaram a atualização de tarifários com o "contexto macroeconómico e geopolítico" que teve consequências significativas nos preços da energia, na prestação de serviços e de matérias-primas, mais o efeito da inflação.

Este aumento suplementar é legal?

Por mais confusão e indignação que possa suscitar entre os consumidores, a verdade é que a maioria dos contratos prevê estas alterações nos preços. E, sendo assim, não se verifica qualquer ilegalidade.

As operadoras introduziram novas cláusulas, seja nos novos contratos, seja nas renegociações. Essas cláusulas incluem atualizações anuais dos preços com base na taxa de inflação e excluem a possibilidade de rescisão do contrato sem custos.

Isso está claro nos contratos?

Está, mas nem sempre é lido ou compreendido pelos consumidores. Por isso, a DECO - a associação de defesa do consumidor -, pede clareza aos operadores na comunicação destas mudanças.

Por exemplo, se o consumidor já não estiver sujeito a uma fidelização, pode sair livremente do contrato, sem qualquer custo. Se ainda estiver a decorrer esse período, os direitos variam: se o contrato não incluir a cláusula de atualização anual com base na inflação ou no Índice de Preços ao Consumidor, a operadora é obrigada a alertar o cliente com uma antecedência mínima de 30 dias, antes de aplicar o aumento de preços. E deve, também, informar que é possível suspender o contrato sem encargos.

Já se a cláusula do aumento anual de preços constar do contrato, o operador fica dispensado de avisar os clientes antes dessa subida. E os consumidores também não podem rescindir o serviço, porque não estamos perante uma alteração das condições contratuais. Ou seja, há que ler bem os contratos, antes de reclamar.

Como reage a ANACOM?

Critica estas subidas de preços que, de resto, contrariam as recomendações para que houvesse contenção por parte das operadoras.

Recomendações que têm sido sempre ignoradas, uma vez MEO, NOS e Vodafone sempre optaram por aumentar os preços no valor máximo permitido, que equivale à variação do Índice de Preços no Consumidor.

Guerra na Ucrânia. A trégua de Páscoa foi cumprida?
Tem até 27 de maio para recusar utilização dos seus dados pela Meta AI. Mas que dados?
Internamentos sociais. O que são e quantos há em Portugal?
Famílias estão a perder apoios para pagar renda da casa porquê?
Aeroportos portugueses estão a instalar novos pórticos eletrónicos. Porquê?
A fatura da luz vai ser mais cara para o ano porquê?
Já esgotaram os apoios de 2025 para veículos e bicicletas elétricas?
Preços dos combustíveis estão a cair porquê?
​Condenação confirmada. Pinho e Salgado podem recorrer?
Estados Unidos cancelam apoios às universidades portuguesas. O que se passa?
Novas regras para amadores? Entenda a polémica no atletismo
Trump anunciou uma trégua comercial de 90 dias. A UE está abrangida por esta pausa?
Posso votar se for de férias? Há perigo de confusão entre AD e ADN?
Habitação. Por que é que o preço das casas continua a subir em Portugal?
Assinaturas de jornais para jovens. Como funciona?
Imagens íntimas de alunas da FEUP partilhadas nas redes sociais. Que consequências pode ter?
Quem é Jianwei Xun, o filósofo chinês criado com IA?
Cartões de crédito cobram taxas de juro acima do definido. O que é que está em causa?
Automação. Quais são os trabalhadores mais ameaçados?
Por que é que os Rankings das Escolas têm resultados diferentes?
Tarifas. Como é que a União Europeia e Portugal estão a reagir?
Lei da violência obstétrica. Por que razão a Ordem dos Médicos está contra?
Viagens de finalistas: o que devem pais e filhos combinar antes da partida?
O que significa o “Dia da Libertação” anunciado por Trump?
Meta AI. Para que serve a nova inteligência artificial para smartphone?
Se comprar um carro velho e barato, posso ganhar 4 mil euros na compra de um elétrico?
Comentários
Tem 1500 caracteres disponíveis
Todos os campos são de preenchimento obrigatório.

Termos e Condições Todos os comentários são mediados, pelo que a sua publicação pode demorar algum tempo. Os comentários enviados devem cumprir os critérios de publicação estabelecidos pela direcção de Informação da Renascença: não violar os princípios fundamentais dos Direitos do Homem; não ofender o bom nome de terceiros; não conter acusações sobre a vida privada de terceiros; não conter linguagem imprópria. Os comentários que desrespeitarem estes pontos não serão publicados.