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Nunca houve tanta gente a viver em Portugal?

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Nunca houve tanta gente a viver em Portugal?

18 jun, 2024 • Anabela Góis


Dados do Instituto Nacional de Estatística (INE) estimam o número de residentes em Portugal, no final do ano passado, em 10 milhões 639 mil 726.

Nunca houve tanta gente a viver em Portugal, mas a população está mais envelhecida. São dados do Instituto Nacional de Estatística (INE) em destaque no Explicador desta terça-feira.

O que dizem os números do INE?

Estimam o número de residentes em Portugal no final do ano passado em 10 milhões 639 mil 726. São mais 123.105 do que em 2022, o que corresponde a uma taxa de crescimento efetivo de 1,16%.

É o quinto ano consecutivo que a população em Portugal aumenta, um acréscimo que fica a dever-se, em grande medida, aos imigrantes que quase duplicaram nos dois últimos anos, atingindo o número mais elevado da última década.

Pelas contas do INE, entraram em Portugal bastante mais pessoas do que aquelas que emigraram, o que permitiu superar o saldo natural que seria negativo, porque o número de óbitos foi superior ao de bebés que nasceram.

Mas nasceram mais bebés ou não?

Sim. Essa é a boa notícia. No ano passado nasceram 85.699 bebés de mães residentes em Portugal, mais 2.028 do que no ano anterior, ou seja, mais 2,4%.

O número médio de filhos por mulher aumentou de 1,42 em 2022 para 1,44 em 2023.

Ainda que ligeiramente, a idade média das mulheres quando têm o primeiro filho voltou a descer, o que aconteceu pelo segundo ano consecutivo: em 2023 tinham em média 30,2 anos.

Apesar do aumento de bebés, estamos mais velhos?

É verdade. O envelhecimento demográfico em Portugal continuou a acentuar-se. Em 2023, tínhamos 188,1 pessoas com mais de 65 anos por cada 100 jovens com menos de 14 anos.

Num ano, a idade mediana da população residente no nosso país (que corresponde à idade que divide a população em dois grupos de igual dimensão) passou de 46,9 para 47,1 anos.

Isso é mau para as pensões?

Sim. A pressão demográfica sobre a população em idade ativa manteve-se, o que é bastante evidente se sobrepusermos as pirâmides etárias de 2012 e 2023.

O estreitamento na base traduz a redução do número de jovens, como resultado da baixa da natalidade, enquanto o alargamento no topo corresponde ao acréscimo da proporção de idosos, em função do aumento da esperança de vida.

Da mesma forma, o índice de dependência total, que corresponde ao número de jovens e de idosos por cada 100 pessoas dos 15 aos 64 anos, continuou a aumentar: Em 2023 por cada 100 pessoas em idade ativa residiam em Portugal 58,5 jovens e idosos.

Más notícias também no que se refere ao índice de renovação da população em idade ativa. Desde 2012 que o número de pessoas em idade potencial de reforma não é compensado pelo número de pessoas em idade potencial de entrada no mercado de trabalho.

Continua a haver mais mulheres do que homens?

Sim, embora a diferença não seja assim tão grande. Em mais de 10,6 milhões de pessoas, há mais cerca de 500 mil mulheres do que homens.

A idade mediana dos homens ronda os 45,4 anos, a das mulheres os 48,6 anos.

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