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Explicador Renascença. Por que é que os resultados dos rankings são todos diferentes?

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Por que é que os resultados dos rankings são todos diferentes?

12 jul, 2024 • Filipa Ribeiro


Cada órgão de comunicação usa diferentes critérios que, depois de aplicados, vão resultar em diferentes médias - e classificações - para a mesma escola. No Ranking da Renascença, a liderança regressa ao Colégio do Rosário e as escolas artísticas são as melhores entre as públicas.

A Renascença publicou esta sexta-feira o seu Ranking das Escolas de 2023. As escolas privadas voltaram a liderar, mas houve uma melhoria nos resultados das escolas públicas.

Em primeiro surge o Colégio Nossa Senhora do Rosário, no Porto, com uma média que ultrapassa os 16 valores, e os primeiros 30 lugares do ranking voltam a ser ocupados por escolas privadas.

No total, a média dos alunos de escolas públicas subiu uma décima para os 11,4. Em contrapartida, nas privadas, a média caiu cerca de sete décimas para 12,4, o que faz com que neste ranking a diferença seja de um valor entre públicas e privadas, quando há um ano era de 1,8 valores.

Há quanto tempo as escolas públicas não tinham um resultado assim?

Este é o melhor resultado de públicas no secundário desde 2018. Apesar de ser o quinto ano consecutivo em que o ensino público fica fora dos primeiros 30 lugares, a melhor escola pública sobe 24 posições em relação a 2022.

A Escola Artística António Arroio, em Lisboa, teve uma média de 13,75, conseguindo o 31.º lugar. Há um ano, a primeira pública só surgia na posição 33. A segunda pública está em 35.º lugar: é a Escola Secundária de Vouzela, no distrito de Viseu.

Outra prova de superação do ensino público é de que duplicou o número de escolas com média acima dos 12 valores. Foram 131 as que conseguiram ultrapassar essa meta, enquanto no ano passado eram 63.

Mas nos primeiros lugares continuam colégios privados.

E sobretudo colégios do Norte do país. No Ranking da Renascença, os primeiros seis lugares são ocupados por cinco escolas do Grande Porto e uma de Braga.

Além do Colégio Nossa Senhora do Rosário em primeiro lugar, está o Colégio Efanor em Matosinhos em segundo lugar e o Colégio D. Diogo de Sousa em Braga no terceiro lugar.

E os rapazes conseguiram ter melhores notas que as raparigas?

Não só não conseguiram como a diferença de médias entre o sexo feminino e masculino é das mais elevadas dos últimos anos.

Este é já o sétimo ano consecutivo em que as raparigas superam os rapazes nos exames do secundário. Elas tiveram uma média de 12 valores nos exames, mais quatro décimas que no ano anterior, enquanto que os rapazes conseguiram uma média de 11, 4 - mais uma décima que em 2022.

Os rapazes só foram melhores que as raparigas em História A, Geografia A, Geometria Descritiva e Economia. Nos restantes foram elas que se superiorizaram, com destaque para Português e Matemática em que continuam com quase um valor de vantagem.

Por que é que os resultados dos rankings não são iguais entre os vários órgãos de comunicação?

Sim, está relacionado com os critérios utilizados para chegar às médias das escolas.

No Ranking da Renascença, por exemplo, foram consideradas apenas as escolas que realizaram 100 exames ou mais no conjunto das oito provas mais concorridas, que foram Biologia e Geologia, Economia A, Filosofia, Física, Química A, Geografia A., Inglês, Matemática A e Português.

Isto porque, no caso das escolas com poucos exames, este facto pode distorcer a média. Basta um grupo de alunos especialmente bons ou maus para que essa escola se destaque pela positiva ou pela negativa.

Há outros rankings que incluem escolas que realizam menos de cem provas e contabilizam também resultados de outros exames, o que faz com que as tabelas possam ter pequenas diferenças.

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