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Casos de bullying a professores por alunos estão a aumentar?
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Casos de bullying a professores por alunos estão a aumentar?

13 jan, 2025 • Sérgio Costa


Este é um fenómeno já estudado há vários anos.

Está a ser feito um inquérito para se perceber a dimensão do bullying sobre professores.

Um problema que, nos últimos tempos, tem tido vários casos relatados.

O Explicador Renascença esclarece.

O que se enquadra neste fenómeno?

Não só ameaças físicas, apesar de ser a situação mais visível e mais noticiada.

Para além das agressões, enquadra-se no bullying sobre docentes situações como humilhação pública, insultos verbais constantes, a prática de denegrir a imagem de um professor através das redes sociais e ainda, por exemplo, o assédio laboral ou assédio sexual.

O inquérito tenta perceber o fenómeno em todas estas dimensões.

As agressões estão a aumentar?

O movimento Missão Escola Pública, que promove o inquérito, garante que as agressões a professores estão a aumentar, e os dados da GNR apontam para uma subida.

De acordo com as informações disponíveis, no último ano letivo, a GNR recebeu 32 queixas e identificou 39 pessoas por agressões a professores, quase o dobro das 18 queixas e 18 pessoas identificadas no ano passado.

São casos relativos não só a agressões de pais sobre professores, mas a atos de violência praticados também por alunos

Em que região há mais agressões?

O maior número de queixas e de pessoas identificadas foi nos distritos de Setúbal, Braga e Faro, de acordo com os dados GNR.

Não há um número global cedido pela PSP.

Quais os fatores que potenciam o fenómeno?

Este é um fenómeno já estudado há vários anos e, por isso, recuperamos um estudo feito há cerca de 30 anos pelo Instituto de Estudos da Criança da Universidade do Minho que acompanhou cerca de seis mil e duzentos estudantes do 1º, 2º e 3º Ciclo, no triénio 1995/97.

O estudo concluiu que o insucesso escolar está "intimamente" ligado ao bullying.

Como se evita e pune este tipo de situações?

Um mês depois de tomar posse, o Governo anunciou o agravamento do quadro legal contra agressões a funcionários públicos como professores, funcionários não docentes, guardas prisionais ou profissionais de saúde.

As agressões passam, nomeadamente, a ser classificadas como crime público e as vítimas ficam isentas de custas judiciais.

Medidas há muito reivindicadas pelo Sindicato Independente dos Professores e Educadores (SIPE) que chegou a entregar uma petição, com mais de oito mil assinaturas no Parlamento a pedir as alterações.

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