21 jan, 2025 • Sérgio Costa
Esta terça-feira um estudo conclui que mais de metade dos residentes em Lisboa vive em pobreza energética.
O Explicador Renascença esclarece os dados.
É a incapacidade de satisfazer necessidades energéticas essenciais, como aquecimento ou refrigeração da casa, iluminação e uso de eletrodomésticos.
A incapacidade neste domínio tem impacto significativo na saúde, uma vez que casas demasiado frias ou quentes podem levar a problemas respiratórios, cardiovasculares e outras complicações; e no bem-estar.
Atualmente, estima-se que entre 1,1 e 2,3 milhões de portugueses vivam em situação de pobreza energética moderada e entre 660 e 680 mil em pobreza energética extrema, de acordo com as estimativas avançadas pela Estratégia Nacional de Longo Prazo para o Combate à Pobreza Energética 2021-2050.
Os baixos rendimentos e os custos elevados de energia e ainda a baixa literacia energética.
São alguns dos fatores que contribuem para este fenómeno.
Estima-se que mais de 34 milhões de pessoas em toda a União Europeia vivam em diferentes níveis de pobreza energética. Portugal é, segundo as estatísticas europeias, um dos piores países europeus nesta matéria.
Portugal foi, em 2023, o Estado-membro da União Europeia (UE) com a percentagem mais elevada de pobreza energética, de 20,8% e ao mesmo nível de Espanha, anunciou esta quarta-feira a Comissão Europeia, pedindo mais proteção para os consumidores vulneráveis.
A qualidade da habitação, ou por outras palavras, boa parte das casas não tem condições para garantir eficiência energética.
Grande parte do parque habitacional foi construído antes de 1960 e não garante as melhores condições de vida.